segunda-feira, 22 de outubro de 2007

O Tratado de Lisboa.

Embora os chefes de governo dos vários países europeus membros da União Europeia já tenham chegado a acordo sobre o conteúdo do Tratado na semana passada, achei por bem fazer-lhe aqui uma referência.
Finalmente ao fim de muitas horas de trabalho, para não falar nos vários anos de debate em torno da questão, se chegou a acordo, e assim a Europa tem um novo Tratado Reformador que é segundo os meios de comunicação social um substituto da anterior Constituição Europeia que por ter sido “chumbada” em referendo por alguns países membros como a França e a Holanda deixou de ter “pernas para andar”.
Alguns perguntam-se se este Tratado é relevante para Europa e para Portugal e se Portugal não ficou a perder com tudo isto.
A resposta para a primeira questão é que é relevante para a Europa porque consegue estabiliza-la depois de uma crise advinda do já referido “fracasso” da Constituição Europeia. Para Portugal também o é, pois faz parte da União e o que é importante para a U.E. é também para Port ugal. Já relativamente ao facto de Portugal ter ou não ficado a perder com este Tratado a resposta é não. Respondo desta forma porque tomando alguma atenção ao que os meios de comunicação vão noticiando e ao que alguns comentadores vão afirmando é possível verificar que este Tratado só trouxe benefícios para o país.
Desde já afirmo que o facto de Portugal ter perdido dois deputados no Parlamento Europeu não resulta deste Tratado mas da abertura da U.E. a 27 membros e da possibilidade de adesão da Croácia. Posto, isto para aqueles que duvidam do benefício deste Tratado para Portugal tomando por ponto de partida este argumento (redução de deputados) o seu ponto de vista deixa de ter validade.
Mas esta é só uma razão para não considerarmos o Tratado algo negativo. Para o considerarmos positivo para os interesses portugueses é possível salientar o facto de o nome do Tratado ser “Tratado de Lisboa” o que levará a que o nome da capital do nosso país seja falada lá fora e de certa forma Portugal seja propagandeado (fiquei surpreendido pelo facto de este tratado não tivesse sido negociado e chamado de Tratado do Porto. O que afirmo será perceptível para quem leu o meu primeiro texto neste blogue).
Para além do que afirmei anteriormente devo ainda salientar o facto de se ter chegado a acordo sobre este Tratado com um Presidente da Comissão Europeia português que juntamente com o Primeiro-Ministro colaborou para o resultado final. A importância deste Tratado pode ser traduzida pelas palavras do já referido Primeiro-Ministro “Porreiro pá, porreiro”, o que demonstra o contentamento geral e a já referida importância.
Para finalizar este texto relativo ao Tratado de Lisboa deixo aqui a bandeira de Portugal e em jeito de despedida a bandeira da U.E. que deixará de ser utilizada como símbolo europeu.

8 comentários:

Anónimo disse...

Oh Sr. Doutor, está a ser parcial.

Ainda que a redução de deputados fosse argumento a favor da posição de que Portugal perde com o Tratado de Lisboa, não seria, nem de perto nem de longe, o mais relevante.

Por outro lado, recomendo-lhe (a si e a todos os que por cá passarem) que dê uma olhada por si próprio no tratado. Pode encontrá-lo aqui: http://www.consilium.europa.eu/uedocs/cmsUpload/cg00001-re01.pt07.pdf

Anónimo disse...

Errata: o link no meu comentário anterior ficou incompleto...

Como o sacana ainda é grande, não cabe aqui, portanto darei, em lugar daquele, um link para um post no blogue de Vital Moreira, que, por seu lado, tem um link para o tratado..

Chatice, pá.

causa-nossa.blogspot.com/2007/10/tratado-5.h
tml

Anónimo disse...

Estiveste bem com aquela de teres ficado surpreendido por nao ser Tratado do Porto. Sempre fiel as suas convicções, o Sr. Doutor!

Tiago Mendonça disse...

Meus caros, convido-vos a participar nos debates mantidos no www.oaltavoz.blogspot.com.

Um abraço para vocês e votos de continuação de bom trabalho!

Despedir o Fernando Santos na primeira jornada, o grande erro estratégico ;)

Abraços!

Anónimo disse...

Resposta ao Mouro:

Quando escreve "Ainda que a redução de deputados fosse argumento a favor da posição de que Portugal perde com o Tratado de Lisboa, não seria, nem de perto nem de longe, o mais relevante." refere-se a que argumentos?
No que diz respeito ao restante fui ver o link e li um pouco por alto o Tratado. Partilho da opinião de que não é necessário referendo pois a maioria das pessoas, mesmo que tivesse o Tratado ao seu dispor, não o leria, estando a votar em algo que desconheciam. Estranho também que alguns que defendiam a aprovação da lei do Aborto no Parlamento defendam agora que o Tratado de Lisboa deve ser aprovado em referendo, quando o Aborto na minha opinião é uma questão mais pessoal, de “consciência individual” e passível de ser aprovada em referendo e o Tratado uma questão muito mais técnica, podendo ser aprovada no Parlamento.

Bruno Antunes disse...

Resposta à Joana:

Agradeço o elogio e quando escreve "Sempre fiel as suas convicções, o Sr. Doutor!" realmente não abandono as minhas convicções até porque continuo a deparar-me com exemplos de uma preterição do Sul relativamente ao Norte.

Bruno Antunes disse...

Resposta ao Tiago Mendonça:

Já que procedeu a uma publicitação do seu blogue espero que o faça também relativamente ao www.umbloguedocaracas.blogspot.com.
Realmente poderá ter sido um erro ter despedido Fernando Santos, mas se o foi, terá sido não pelo substituto que se seguiu, que é razoável, mas pela altura em que foi, na primeira jornada. Porém compreenda que não teve ou não terá consequências tão nefastas como outros erros, apesar de o Benfica ser sem sombras de dúvida o maior clube do Mundo.

Anónimo disse...

Oh Sr. Doutor, as suas convicções deixam-me louca de desejo!
Gostava muito de me encontrar consigo..

Ass.: Admiradora Secreta

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