domingo, 28 de fevereiro de 2010

Resposta à nossa fã número 1

Cara anónima agradeço desde já a sua participação, mantendo apenas o meu desejo de que se identifica-se ao invés de se manter no anonimato. Desejo aliás partilhado pelos meus colegas, quanto mais não seja para podermos saber quem são os nossos seguidores. Respondendo agora ao seu comentário, poderá ser um devaneio machista, mas se analisarmos a questão, no Natal oferecem-se prendas porque os 3 Reis Magos ofereceram prendas a Jesus. No aniversário de uma pessoa oferecem-se prendas pela mesmo razão, Jesus recebeu prendas quando nasceu. No dia dos namorados oferecem-se prendas sem razão aparente. Para mostrar o nosso afecto? Para isso existe o dia de aniversário. E aposto consigo que se fizer uma sondagem aos homens de qualquer ponto do mundo a esmagadora maioria irá dizer que não se importa se recebe ou não uma prenda, e caso se importar é apenas por motivações materialistas. Se colocar a mesma pergunta a mulheres a esmagadora maioria dirá que leva a mal se não lhe oferecerem uma prenda no dia dos namorados. E este facto fará com que os homens ofereçam prendas às sua esposas ou namoradas, e que estas correspondam ao mesmo gesto. Poderemos ainda observar os presentes mais comuns deste "feriado". Chocolates, lingerie e flores, são as prendas mais comuns. Nenhuma delas é uma prenda que tradicionalmente se ofereça a um homem. Estes recebem prendas mais banais ou equivalentes às que receberiam no Natal ou aniversário.Já agora poderia apresentar a sua visão deste dia.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Macacadas

Antes de começar gostaria de cumprimentar a nossa única fã.Ao contrário do habitual em que venho para aqui falar de assuntos moderadamente ou ocasionalmente sérios com uma leviandade desprezível, hoje vou apenas copiar um artigo que li.
Beer-drinking, smoking chimp sent to rehab
The former performer reportedly pesters zoo passers-by for booze
A Russian chimpanzee has been sent to rehab by zookeepers to cure the smoking and beer-drinking habits he has picked up, a popular daily reported on Friday. An ex-performer, Zhora became aggressive at his circus and was transferred to a zoo in the southern Russian city of Rostov, where he fathered several baby chimps, learned to draw with markers and picked up his two vices."The beer and cigarettes were ruining him. He would pester passers-by for booze," the Komsomolskaya Pravda paper said.It added he has now been transferred to the city of Kazan, about 500 miles east of Moscow, for rehabilitation treatment.

By Tanya Ustinova and Amie Ferris-Rotman
REUTERS
PS: Peço desculpa por o artigo estar em inglês mas não tive paciência para o traduzir. Termino agora com um apelo a todos os utilizadores da internet. LEIAM O BLOGUE DO CARAÇAS, É UM ESPAÇO DE EXCELENCIA NO MUNDO DO BLOGUES COM CONTRIBUIDORES DO CARAÇAS E ASSUNTOS AINDA MAIS DO CARAÇAS.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Feliz Ano Novo

(Imagem daqui)

Após um longo silêncio, em muito proporcionado pelas festas, pelos exames, pela preguiça e pela falta de paciência, decidi voltar aqui ao nosso blog (que injustamente tenho negligenciado). Como o primeiro milho é para os pardais, o primeiro post deste ano, muito atrasado (cerca de um mês e 21 dias) não será de grande profundidade nem importância.
Por um lado, venho deixar mais uma sugestão de leitura: Uma Carta para Garcia de Elbert Hubbard, é um artigo pequeno que não transcrevo por motivos técnico (não me dou com isto) e que cuja filosofia implicita creio ser preciosa para qualquer indivíduo. E por outro, agradecer à nossa primeira fã. Agradecer-lhe o gentil comentário e dar uma breve resposta ao seu pedido de reflexão sobre o famoso dia 14/2.
O dito dia dos namorados/s.valentim, é uma data comemorativa como muitas outras. Ao que parece com fundamentos religiosos que procuram transmitir uma mensagem que transcende a propria religião e hoje tem também um contorno comercial/consumista. Quem me conhece sabe que não sou muito dado a este tipo de datas, por exemplo, posso dizer que geralmente, neste dia, não costumo alterar significativamente a minha rotina face aos restantes, especialmente porque, pessoalmente, considero outras datas mais importantes. No entanto, vivemos em sociedade e como tal ignorar o dia seria como ignorar o natal ou os aniversários daqueles que nos são próximos. Essas datas, podem dizer-nos pouco, porém esperam-se certos gestos, não pelos gestos em si mas pelo que se convencionou representarem. Desejar os parabéns a um amigo próximo é uma forma de deixarmos patente que pensamos nele. Expressar o nosso amor pela "cara metade" no dia 14/2, relembrando o dia, ou com grandes gestos (por vezes creio ser uma tentativa falhada e por si ridícula de medir materialmente algo que não o é), ou com simples palavras, é um gesto ilustrativo do nosso afecto num dia em que convencionalmente lhe damos especial atenção.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Dia dos Namorados

Respeitando o pedido da nossa fã, aproveito para ser o primeiro dos contribuidores a reflectir sobre o dia dos namorados. Antes de começar devo avisar que não tenho nem nunca tive uma relação amorosa, pelo que a minha visão poderá ser considerada desagradável pelos adeptos deste dia.
Comecemos por olhar para o nome do Personagem, São Valentim. Reza a história que este é o nome dado a diversos Santos martirizados, do especifico que empresta o seu nome ao dia não se sabe mais do que o nome e o local onde foi enterrado. Assim sendo, ninguém sabe o porquê da idolatração a este Santo neste dia. É com esta falha que aparecem as floristas, os produtores de chocolates e os designers de lingerie, que precisando de algo para aumentar as suas vendas de forma regular, decidiram apelidar o dia 14 de Fevereiro de Dia dos Namorados, obrigando assim os coitados dos homens felizardos que já foram pescados por uma qualquer donzela, a gastar dinheiro de maneira desnecessária, com o único objectivo de as fazer felizes e conseguirem alguma coisa entre os lençóis.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sporting

Sendo eu, talvez infelizmente, um fiel seguidor e adepto ferrenho do grande Sporting Clube de Portugal, pensei apropriado comentar esta declaração do Presidente do clube, José Eduardo Bettencourt, da qual na minha opinião já se fizeram histórias hilariantes.

Numa primeira parte o Presidente diz que a época do Sporting se resume a lutar pelo 4º lugar. Na minha opinião está a constatar o óbvio, descurando a participação na Liga Europa. No entanto que este nível de pragmatismo é demasiado derrotista e um sinal de fraqueza que não fica bem a um líder.

Vem agora a parte mais badalada. Depois do Presidente dizer que queria um modelo organizacional mais aproximado daquele utilizado pelo FC Porto, vieram os lampiões todos dizer que tudo não passa de uma aproximação ao FC Porto, para juntos derrotarem o Benfica. Na minha modesta opinião a postura do Presidente não é inovadora ou extraordinária, não passando de uma prática empresarial comum, designada de benchmarking. O FC Porto é desde à bastante tempo o clube de maior sucesso a nível nacional e o que o Presidente do Sporting pretende fazer é apenas estudar a organização do FC Porto e adaptar os seus factores de sucesso à realidade leonina. Podemos até advogar, através da análise do número de títulos nacionais e internacionais ganhos e da prestação nas competições europeias, que o FC Porto é um dos clubes de maior sucesso a nível mundial.



PS. o dicionário de língua portuguesa define benchmarking como: "processo por meio do qual uma empresa reproduz desempenhos bem-sucedidos de outras empresas numa determinada área de actividade".

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Um País parado.

Fiz este texto para publicação no Laranja Choque há uns dias. É esta a minha análise da situação governativa deste país.

Um País parado.

Fazendo uma análise em retrospectiva do nosso país verificamos que em 2005 com o surgimento de uma nova maioria parlamentar absoluta, se renovaram algumas esperanças no que diz respeito ao Governo deste país. Se por um lado, Guterres não tinha conseguido segurar uma crise gerada pela falta de sustentabilidade parlamentar (recorde-se que 115 deputados eram socialistas, 115 não), por outro, os Governos de Barroso e Santana cedo se revelaram pouco eficientes, sendo que Barroso foi para a Comissão, deixando o partido sem comando, e Santana, concordando-se ou não com o que fez enquanto primeiro-ministro, esteve lá pouco tempo.

Com a tal nova maioria, a maior parte das pessoas pensou estar perante um executivo que pudesse pôr termo ao défice excessivo, e “arrumar a casa”, fazendo frente aos grupos de pressão, e não cedendo a interesses corporativistas e partidários. Tinha, aliás, condições para o fazer, pelo menos em certa medida. Nos primeiros dois/três anos de mandato, o Governo de Sócrates cumpriu, tendo sido um dos melhores governos até ao momento, o que se afigura muito difícil em momentos de crise. Assim, até 2007/2008 o Governo socialista demonstrou vontade e para além disso sucesso no combate ao défice. Se em 2005 o défice rondava os 6%, em 2008 este estava na casa dos 2%, abaixo do limite de 3% imposto pelo PEC. Naturalmente que este combate ao défice não seria possível sem o “apertar do cinto” dos portugueses, já que foi necessário o aumento dos impostos. No entanto é de valorizar, a redução de despesas totais acompanhada de um aumento das receitas totais. Em outras matérias, para além da financeira, o Governo parecia impor-se. Apostou nas novas tecnologias em força, fomentou a utilização de energias renováveis, ambicionava a criação de um modelo educativo eficaz, apostou no melhoramento do sistema de saúde, reformou o sistema judicial, fez tudo isto não ignorando na totalidade algumas desigualdades sociais. Naturalmente que não concordei com todas as medidas tomadas, mas notava-se, apesar de tudo, a mão firme que faltou aos Governos anteriores.

A chegada da crise fazia antever tempos mais difíceis que exigiriam de todos nós algum sentido de responsabilidade. Apesar de tudo, esta postura determinada esfumou-se passados aqueles dois/três anos iniciais. A proximidade das eleições e a cedência a pressões que vinham de todos os lados provocou um “relaxamento” governamental, que mostrou ser um “mãos largas”, exigindo menos aos portugueses, e aligeirando a determinação exigida. Resultado, o défice voltou a crescer galopantemente (fenómeno agravado pela crise internacional) chegando à casa dos 8% quase 9%. Para além disto, não se seguiram as políticas levadas a cabo no início da legislatura em quase todas as áreas. Houve como que um retrocesso. Dá ideia que estes anos não serviram para nada em termos de governação deste país. Dá ideia que estamos como estávamos em 2005, ou possivelmente pior.

Mais grave ainda, não parece que este Governo eleito em 2009 com maioria relativa esteja a conseguir o que o anterior não conseguiu à excepção de um acordo no campo da educação. Este país cada vez mais parece adiado, sendo que lá fora dizem que caminhamos para o desastre. Não quero acreditar que estejamos a fazê-lo. No entanto, não há grandes sinais do contrário, ainda para mais num Governo enormemente fragilizado como este, com uma maioria relativa, que apesar da abstenção da Direita no Orçamento não contou com ela para a Lei das Finanças Regionais, com dificuldades na relação com o Presidente da República, com escândalos que estalam nos jornais, com o descrédito que começa cedo (se nos abstrairmos do facto de este ser um Governo de um partido que já havia governado de 2005 a 2009) sem direito a Estado de graça.

Porém, a gravidade não fica por aqui. Olhamos para a esquerda e vemos o alheamento da discussão orçamental, aparentemente interessando-lhes apenas o aumento do investimento público. Sendo que políticas como aquelas por eles (os da esquerda) seguidas poderiam colocar Portugal numa situação difícil. Na Direita vemos líderes que já estiveram no Governo, e no principal partido da oposição, um líder a prazo, pois parece que não vai recandidatar-se. Tanto uns como outros não parecem dar sinal de cooperação total ou pelo menos na maior parte das áreas com este Governo, sendo possível um novo cenário de eleições.

Espera-se um novo rumo, um conjunto de medidas trabalhadas no sentido de relançar Portugal, um país melhor.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Obrigado Senhor Primeiro Ministro

Bom qualquer coisa caros leitores, depois de muito reflectir sobre a bisbilhotice do nosso Primeiro Ministro no que a assuntos jornalísticos diz respeito, cheguei à conclusão que todos estes sacrifícios são em prol dos jovens licenciados portugueses. Hora vejamos, primeiro foi Manuela Moura Guedes, senhora já de idade (as cirurgias não disfarçam, só fazem pior), agora Mário Crespo, senhor também ele no outono da vida. Se analisarmos estas duas personagens, de que o Senhor Primeiro Ministro se quer ver livre, tratam-se de dois dinossauros jornalísticos, pelo que é apenas justo afirmar que esta caça às bruxas é uma extensão da política de inserção profissional de jovens licenciados, supostamente praticada por este Governo. O Senhor Primeiro Ministro apenas quer trocar o velho pelo novo.

PS: Por esta altura já devem ter reparado no meu tom irónico...

Já agora aproveito para colocar uma questão ao Senhor Anónimo que comentou o meu último devaneio. O Senhor é agente funerário? Caso seja peço desculpa se o ofendi.
Quanto ao assunto da economia não importa apenas dizer que as casa estão caras agora, deve-se comparar com os preços reais de períodos anteriores (lamento informar que não faço ideia se subiram ou desceram, falo apenas das ideias que me vêm à cabeça). Quanto às dificuldades de acesso ao crédito, estas devem-se mais à irresponsabilidade financeira dos comuns do que à intransigência das instituições financeiras.