segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O bom o mau e o assim assim do nosso mundo

Caríssimos leitores como estão? Espero que estejam todos de saúde e que a família também esteja bem. O vosso, vá lá, correspondente "anónimo" relativamente adorado está de volta.
Antes de mais gostaria de congratular o Grande Sultão Sacenam pela sua primeira participação naquele que é provavelmente o melhor blogue do mundo. Mais dois e deixa de ser o contribuidor com menos participações no nosso espaço. Parabéns.
Passando agora a assuntos menos sérios gostava de matar no peito a ultima correspondência do Sr. Doutor, levantar a cabeça e rematar para golo. As metáforas desportivas em português não são aquela coisa. Perdoem-me este desvario. Então estava eu a ver as noticias sobre o dia europeu sem carros, matérias muito interessantes como as ciclovias em Almeirim quando me deparo com o ridículo. Um senhor da autarquia de Lisboa a dizer pois Lisboa está a tentar evoluir e melhorar as suas infraestruturas para possibilitar aos amantes das bicicletas uma mais fácil deslocação, por exemplo, já se pode transportar a bicicleta no metropolitano a partir das vinte horas. Alto lá! Existem aqui já duas incongruências flagrantes.
Primeiro, imaginem uma pessoa que trabalhe das nove as cinco, quer levar a bicicleta para o trabalho mas habita em Telheiras e trabalha digamos nos Restauradores. Está em casa e pensa, já sei vou de bicicleta até ao metro vou de metro com a bicicleta até aos Restauradores e depois vou de bicicleta até aos escritório. Não pode, só a partir das oito. Então para que serve esta nova medida? Como o metro até é seguro nós de noite levamos a bicicleta, somos assaltados e o ladrão tem logo uma bicicleta para fugir mais depressa à policia. A segunda hipótese coincide com a segunda incongruência. O Senhor vai de bicicleta, a pedalar até ao trabalho. O único problema é o facto de não ser por acaso que chamam a Lisboa a cidade das sete colinas. Parecendo que não ainda existem umas subidas lixadas.
Por agora é tudo, cumprimentos do caraças deste vosso compincha
Apu

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O dia europeu sem carros:

No passado dia 22 celebrou-se o dia europeu sem carros. Não sei se alguém deu por isso. Se deu, terá sido pelo destaque dado pelos meios de comunicação social do dia seguinte. Pois é, nesse dia o número de carros que circulavam nas estradas era pouco diferente daquele que todos os dias invade os caminhos deste país. O mesmo volume de poluição foi emitido para a atmosfera. O mesmo dano foi causado ao Ambiente. Algo que naquele dia se pretende evitar.
Pois bem, aquele dia já foi celebrado com sucesso. As ruas das principais cidades permaneciam sem carros e causava-se o efeito pretendido. Poderão alguns apelidar a iniciativa de hipocrisia pois incentiva-se um dia mas desprezam-se todos os outros durante o ano. Porém, parece-me que seria difícil impedir durante vários dias num ano a emissão de gazes poluentes e para além disto, ainda que por um dia, lembra-se às pessoas que se está perante um problema central da sociedade actual e que é urgente a redução da emissão de gazes nocivos para o Ambiente.
No entanto, este dia não teve o tal efeito pretendido e existem vários responsáveis. Desde logo é responsável quem detém o poder neste país tanto a nível nacional como local. Não existiu uma campanha veemente de sensibilização para a causa. Só no próprio dia se desenvolveram diversas iniciativas nesse sentido mas terá sido suficiente?
Outro responsável foi a inexistência (em alguns casos) ou o parco número de avisos (noutros) dados pela comunicação social que o tal dia iria ocorrer. No dia seguinte muitos jornais tinham por primeira página a notícia de que aquele dia “tinha passado ao lado dos portugueses” mas esses jornais e outros meios de comunicação não fizeram o aviso de que tal acontecimento iria suceder tal como fazem com o tempo (meteorologia) ou quando a hora se altera.
Obviamente não descarto a responsabilidade daqueles que não se informaram e não agiram em conformidade com o dia.
É urgente uma alteração de posturas relativamente ao problema. Pode ser um problema deste ou de outro século qualquer mas mais do que isso, trata-se de um problema do nosso Mundo.
Este texto não deve ser visto como uma crítica não construtiva mas antes como um alerta. Obrigado.

sábado, 20 de setembro de 2008

O Mundo em que vivemos

Ora pois bem…
Olá meus senhores e minhas senhoras.
Passo a apresentar-me: Sultão Sacenam, mais conhecido por… não interessa. Sou mais um ilustre desconhecido neste nosso pequeno grande mundo e finalmente vos escrevo, afim de exprimir um qualquer coisa com todo ou nenhum interesse. Tentarei futuramente não emitir desproporcionados juízos de valor nem ser “O Homem que sabe Tudo”. Já agora, lembram-se de alguém que seja assim? Não, esse não! É um sábio e resolve os grandes problemas da humanidade sentado a comentar tudo o que lhe aparece à frente.
Prosseguindo… Vou, nesta primeira “coluna”, falar do que se tem passado pelo Mundo (e arredores?). Bem, pelo menos do que se tem passado no “Mundo dos Telejornais Portugueses”. Houve dois ou três furacões, muita agitação nas bolsas de valores, falta de confiança dos investidores, (quase) falências de grandes grupos financeiros, o Pinto da Costa vai ser ou conseguiu ser indemnizado pelo Estado, o tal “Venezuelano” mandou os ianques para Aquele Sítio Que Nós Sabemos, a Coreia avisou que vai relançar o programa nuclear, crianças na China foram contaminadas por leite estragado, um atentado num hotel em Islamadad (porquê?), - tanta coisa se passa neste Mundo! -, o petróleo tem vindo a baixar sem que as queridas gasolineiras baixem o preço dos combustíveis (porquê?), o nosso Ministro da Economia ameaçou-as e… a lista já vai longa.
Uma série de coisas se têm passado “por aí fora”.
Ah! Mas, mais importante que isso tudo, os tais furacões passaram pela costa americana (“aiaiai!”) e tiveram de evacuar cidade X (que incómodo...), um certo gang instalou-se na Margem Sul do Tejo para semear o terror e têm todos cara de maus, assaltaram uma gasolineira para roubar três pastilhas e uma Maxmen e, acontecimento dos acontecimentos… a Madonna veio a Portugal, “não sei quantas” dezenas de milhares a foram ver, esperaram “não sei quantas” horas à porta e viram “não sei quantos” minutos de concerto. Bonito. Gostava de ter contado os minutos de telejornal que gastaram com este tema tão central.
Como dizia o Outro: “E esta, hein?”
Assim vos deixo. Até à próxima.

domingo, 14 de setembro de 2008

Só faltam as Chaves

Senhoras e senhores, meninos e meninas,
No outro dia estava eu a folhear os jornais na Internet . Digo folhear que é uma coisa que sempre gostei de fazer, daquelas coisas já centenárias que todos fazemos porque nos dá alguma paz de espírito. Agora, com a Internet, gosto de imaginar que folheio um imenso jornal que contem toda uma panóplia de outros jornais, assim, folheio cada vez que clico para mudar de "sítio". Dizia eu. Estava a folhear os jornais quando me deparei com várias notícias, crónicas e afins sobre os estado de saúde, ou ausência dele, do líder Norte-coreano.
Ao fim da quinta ou sexta, já não me recordo, manchete semelhante constatei que agora só falta o Venezuelano.
Passo a explicar: o estado de saúde de todas as recentes pedras no sapato dos americanos está posta em causa. Se pensarmos bem, o Iraquiano, aparenta ter morrido mas ninguém sabe se era ele ou apenas um sósia. O Saudita, andava lá pelas cavernas e nunca mais se percebeu se está vivo ou não. O Cubano, é outro que tal. E agora o Norte-coreano.
Eu não sei o que pensam mas caso eu fosse o Venezuelano começava a fazer contas à vida, seguia o exemplo do Iraniano e deixava a exposição mediática, não vão os outros estar todos mortes por obra dos ianques.
Terminada esta digressão mental, seguiu-se outra. Aquela teoria do "corta-se a cabeça e o corpo cai" falha redondamente no caso dos opositores dos americanos. Vejamos, dizia-se: "O Comunismo em Cuba acaba quando morrer o Cubano", "as Coreias unir-se-hão quando o Norte-coreano morrer", "os terroristas oriundos de vários países apenas unidos pelo islamismo radical desaparecem quando o Saudita morrer"...
Então é por isso que eles foram lá acabar com o Iraquiano!
É do caraças!
Convosco esteve.
Até a próxima

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Voto por correspondência

Ilustres leitores, o vosso correspondente favorito está de volta, mas desta vez para colocar uma questão. É verdade que até mentes brilhantes por vezes têm de colocar questões, eu sou dono de um vasto saber mas não de um saber infinito.
Liguei eu a televisão no telejornal quando me deparei com um despautério de notícias ridículas com reportagens ultrajantes, isso e mais uma reacção do PPD PSD a uma proposta do nosso Primeiro Ministro em que é retirada aos emigrantes a hipótese do voto por correspondência.
Não sendo eu um sábio das artes jurídicas, pergunto-me se esta medida não está a retirar o direito de voto ao emigrante, que está em Paris de França e muitos outros locais à procura de uma vida melhor para si ou para os seus. Não estou a ver os milhares senão milhões de emigrantes portugueses, espalhados pelos quatro continentes, gastarem dinheiro em viagens para votarem numas eleições que provavelmente pouco significado têm para eles.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A Malta Anda a Ver Tudo ao Contrário

Peço desde já desculpas por repetir o tema tratado anteriormente pel'O Senhor Doutor. Justamente, isto começou como um comentário mas ficou tão grande que teve mesmo que ser um post. Pois, a meu ver, o problema desta questão é que se anda a falhar muito nas análises e interpretações dos factos. Passo a explicar.

Os dirigentes de todo o mundo andam a felicitar os governantes do país em questão pelo sucesso nas eleições. A malta pensa que tanto “parabéns” se deve ao facto de terem ganho as eleições. As primeiras passados 18 anos! Ainda por cima foram livres e democráticas! O que a malta não percebe é que estavam a dar os parabéns ao “Mais Velho” por ter montado o sistema político perfeito. Conseguiu aquilo que nenhum dos ocidentais conseguiram até agora, perpetuar-se no poder de forma livre e democrática.
Ora se formos a ver, o que o Sr. fez, principalmente nestes últimos 18 anos, é louvável , diria mesmo, de mestre! Conseguiu juntar toda a classe política. Deu-lhes “bué” dinheiro para serem dos seus e não causarem sarilho. Criou uma classe burguesa, ensinou-lhes a usar o dinheiro. Gastando sempre em grandes investimentos em sociedade com Os estrangeiros, para garantir que o dinheiro rende e que o apoio da comunidade internacional é incondicional (o petróleo chegava para isso. Mas caso o ouro negro e os diamantes falhem, ficou, desde logo, uma fonte segura de receitas para tudo isto). Ainda, criou, armou e mantêm poderosas forças armadas, como garante da amizade e apoio das nações vizinhas e de qualquer chico-esperto que alguma vez tenha ideias engraçadas.
Deixou assim resolvida qualquer ameaça ao partido ou ao país. O perigo de cisão extingue-se pela "coincidência" que há, pois os dirigentes políticos e os detentores de capital são as mesmas pessoas. Capital esse que é partilhado entre eles e assim não pode existir qualquer divergência nos interesses perseguidos por uns e outros, antes pelo contrário, coincidem.
Assegurada a sustentabilidade do partido, restam as eleições. A democratização guarda uma possível ameaça. O pesadelo dos partidos do dito primeiro mundo. A perda do poder político. Aqui seria ela conquistada por um partido com uma fracção mínima do orçamento e militantes do dos dirigentes, por um qualquer milagre. Ameaça esta já pequena dada a diferença de dimensão das máquinas partidárias. Contudo possível. O Mais Velho e os seus previram isso de forma simples. Distribuem-se uns carros gratuitos nos comícios e fica tudo sob controlo.
Assim sem ser preciso aldrabar os resultados dos votos nem nada! As eleições são mesmo livres e democráticas, propõe-se a candidato quem quer, vota quem quer, tudo transparente. E ganha O Mais Velho.
É ou não do Caraças?



Estou a ver que é já falei demasiado e que não tarda tenho os agentes dos serviços secretos do dito país à porta :p

O Processo Eleitoral em Angola:

Na segunda metade do século XX, África foi palco de uma descolonização em massa com muitas das colónias a tornarem-se países soberanos. Porém, esta independência dos países africanos face aos europeus foi apenas o início de uma batalha que os africanos tiveram que travar para viverem num país, que para além de soberano, fosse defensor de liberdades e garantias de todos os cidadãos. No fundo, faltava muito para se atingir aquele a que chamam “o regime menos mau”, a Democracia. Travaram-se guerras e guerrilhas na luta pelo poder em vários países com a consequente mortandade que tornava África um local péssimo para se viver. Aqueles que conseguiam fazer eleições logo se arrependiam pois a discordância sobre o resultado final e transparência das mesmas fazia de imediato rebentar nova guerra entre movimentos, etnias e partidos.
Ora, as eleições em Angola cedo me fizeram recear sobre o desfecho das mesmas. Perguntava-me se terminariam com o mesmo epílogo que tantas outras que tiveram lugar no mesmo Continente. Esse receio agudizou-se aquando da impugnação pela UNITA das eleições naquele país. Contudo, o mesmo partido deu uma lição a muitos outros por esse Mundo fora que rejeitam o resultado das eleições quando perdem, e aplaudem-no quando ganham, sendo esse o seu único critério quando qualificam a transparência das eleições. A UNITA presta assim um enorme serviço àquele país por ter reconhecido os resultados, isto se o processo eleitoral decorreu dentro da normalidade… Evitam-se assim novos conflitos e possíveis guerras numa luta pelo poder e possibilitam-se assim desenvolvimentos e melhorias no nível de vida daqueles que naquele país residem. Pelo menos por agora…
Porém, “nem tudo o que reluz é ouro”, prova disso é a passagem de uma impugnação judicial para o reconhecimento das eleições em menos de 5 dias. Pergunta-se como é que a UNITA num dia impugna as eleições por falta de transparência e cerca de 5 dias depois reconhece o seu resultado. Terá sido apenas porque houve uma aceitação internacional, desde a CPLP à União Europeia, de que as eleições decorreram dentro da normalidade? Ou terá sido outra situação, da qual não me chegou notícia, talvez por me encontrar a cerca de 5.755 quilómetros daquele país?
Outra consideração a fazer é o facto de os meios de comunicação Expresso, SIC, Público, Visão e Rádio Renascença terem sido impedidos de entrar em Angola. Suponho que esse impedimento terá sucedido, por esses meios terem noticiado alguma informação que não foi do agrado daqueles que naquele país governam. Uma atitude questionável, diria eu.
No entanto, também é de reparar que a partir daquela proibição, o tratamento dado por alguns daqueles meios às eleições foi diferente. Desde logo foi tomado um discurso mais desconfiado quanto à transparência do processo eleitoral. Algo que deveria ter sido feito de imediato, e não só depois do impedimento de entrada no país, pois se o processo é pouco transparente antes, também o é depois. Fica o reparo.

Posto isto, finalizo o texto com expectativa de que em África e no Mundo a Democracia prevaleça de modo a que todos vivamos melhor.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Crimes? mas quais crimes?

Caros leitores, após um longo interregno parece que tenho de voltar a escrever outra vez, para evitar ser escorraçado pelos restantes membros deste bastião da sociedade portuguesa (o Senhor Doutor e o outro companheiro que parece que é pacifista ou rei da paz). Podendo falar sobre diversos e variados tópicos vou-me focar apenas num. Portugal nos próximos jogos Olímpicos vai ganhar mais medalhas que a China e os Estados Unidos juntos, e por aí talvez não.
Falando agora sobre assuntos mais sérios, estou aqui para apresentar uma teoria devidamente fundamentada através de estudos desleixados e investigações preguiçosas. A criminalidade em Portugal não está a aumentar, a cobertura dos assaltos e outros crimes por parte dos media é que aumentou!
Passo agora a apresentar a prova que me permitiu chegar a esta conclusão, demasiado evidente para não ser divulgada. Este aumento só se verificou no verão, e se o criminoso comum não gosta de trabalhar durante o resto do ano, não será agora que deixa de ir tomar banho a Carcavelos para roubar um banco.
Passando agora para a segunda parte desta teoria, a cobertura dos media só aumentou devido à falta de incêndios em Portugal. Anteriormente chegava o verão e os telejornais tinham umas três horas reservadas para o relato dos incêndios que flagelavam o nosso país, este ano não houve grande flagelo. Eu já imagino a Manela na redacção do jornal nacional a desesperar pela falta de fogo, preparando-se mesmo para agarrar num garrafão de gasolina e imolar-se em plena serra da estrela, para arranjar uma notícia, até que algum estagiário se lembrou de relatar assaltos.

Obrigado pelo tempo despendido para saborearem esta que já é considerada a nona maravilha do mundo (a oitava sou eu).
Saudações do caraças
Apu

O Blogue está de volta!

Caríssimos! Leitores assíduos, leitores, colegas, amigos e palermas do mundo em geral, voltámos! É do caraças! Voltámos com Setembro e em força! Com'ó caraças!
Afirmamos, aqui, agora e para toda uma posterioridade (ou um curto prazo, vah) que voltaremos a debater, discutir, diversos temas e questões do caraças (ou não) com'ó caraças. Afinal, isto é um blogue do caraças.
Cumprimentos do caraças,
Até um próximo post,
Beijinhos e abraços,
Sempre vosso com paz,
Melekh Salem ( que para aqueles que não sabem, significa rei da paz, numa lingua qualquer, já não me recordo qual)