domingo, 23 de dezembro de 2007

E o adversário do Sport Lisboa e Benfica é o...Nuremberga.

Pois é, o sorteio de sexta-feira para a Taça UEFA ditou que o Benfica jogaria com a equipa alemã, Nuremberga.
Diria que o Benfica teve bastante sorte e que dificilmente lhe poderia calhar um adversário mais fácil. Digo isto por duas ordens de razões.
Primeiro se se olhar para os possíveis adversários do Glorioso ver-se-ão alguns emblemas que poderiam pôr em causa a continuidade do Benfica na competição (sem desprimor para o Benfica, que é um candidato à vitória final, contudo tem que melhorar bastante os seus resultados e as suas exibições).
Entre esses adversários estavam o Panathinaikos, uma equipa difícil, principalmente no seu Estádio devido ao facto de o ambiente ser manifestamente terrível; o Helsingborg, aquele que poderia ser considerado o adversário mais acessível (a par do Nuremberga); o Tottenham, um dos mais complicados adversários, apesar de ser inglês (digo apesar pelo facto de as equipas portuguesas terem alguma facilidade em defrontar o futebol inglês); a Fiorentina, adversário complicadíssimo, italiano, nacionalidade de equipas às quais os clubes portugueses não têm por hábito vencer, porém lembro-me do Braga que na época anterior venceu o Parma; o Basileia, adversário talvez mais complicado que Nuremberga e Helsingborg até porque esteve presente na Liga dos Campeões há uns anos, embora já tenha passado algum tempo e a equipa não ser provavelmente a mesma; e o Spartak de Moscovo, clube complicado que beneficia do seu invernoso clima quando joga em casa, esteve presente na edição anterior da Liga dos Campeões e impossibilitou o acesso do Sporting à Taça UEFA.
Segundo facto que me leva a dizer que o Nuremberga era das equipas que mais convinha ao Benfica é o de o Nuremberga estar no 16º lugar no campeonato alemão, o que não é de todo prestigiador.
Contudo, o Nuremberga conta nas suas fileiras com jogadores que não serão de menosprezar.
Posto isto, é obrigação do Benfica passar a eliminatória, e direi mesmo mais, tem que ganhar os dois jogos com margem expressiva. Contudo, o Benfica não pode ir convencido de que já venceu. Recordo os jogos com o Halmstad que eliminou o Benfica há uns anos atrás.
Força Benfica, é para vencer.

2007, uma rubrica por Tarek Shalik

É decepcionante olhar para o que passou de 2007, foi realmente um ano fraquinho. Não comecou nenhuma guerra, não houve nenhum atentado extraordináriamente relevante, o Benfica não foi campeão, Bush continua vivo, nem uma catástrofe natural de grandes proporções aconteceu. Tudo muito comum, tem razão o povo que se queixa de falta de actividades por parte do governo.
Vamos ao âmago de 2007 ver o que realmente aconteceu. O mundo sentia falta de um revolucionário pois Fidel está em obvia baixa de forma. O que se arranjou foi um Chavéz que não sabe muito bem como se pode proclamar pois tanto fecha televisões e abusa da censura como cria e respeita um referendo. Democrático ou ditador? 50/50 é que não, coragem homem, afirma-te lá!
No âmbito do desporto pouco há a referir, Porto novamente campeão em Portugal, Milão novamente campeão europeu. Não houve nenhum campeonato europeu ou mundial. Tudo muito chato. Não falo dos outros desportos pois tinha de me ir informar e vontade para isso é o que mais falta. Não pensem que não gosto de desporto no geral, claro que gosto, mas também começo a gostar de rugby, um jogo de bois em que este ano a leziria nacional defrontou paises como a Nova Zelândia, conhecida por ter amplas pastagens, era uma batalha desigual mas os nossos prodigios nem se portaram mal.
Olhando agora o nosso país mais de perto, uma criança inglesa desapareceu, ja propus uma explicação para o acontecido mas ninguém me deu ouvidos ( ver "Maddieismo"), Portugal correu as bocas do mundo, Praia da Luz ficou ainda mais conhecida, a zona enriqueceu a custa de jornalistas, as TVs portuguesas ganharam um assunto que ocuparia horas e horas do seu horário nobre, para o ano lá encontraremos outra maneira de fazer dinheiro.
Para acabar este artigo tenho de terminar no presente, ou seja nesta época natalicia. É o mesmo que dizer que o "Gang da Lapónia" volta a atacar. Lá vem o mafioso das barbas brancas entrar na casa do pessoal pela chaminé e fazer o que bem lhe apetecer. Desde o natal passado que não sei do paradeiro do comando da minha aparelhagem, claro que sei quem foi... e é este ano que apanho o gajo.

Viva a segurança!

"FBI vai alargar base de dados biométricos
A polícia federal americana (FBI) prepara-se para desenvolver de uma forma sem precedentes a sua base de dados biométricos, onde já figuram 55 milhões de impressões digitais e dezenas de milhões de fotografias..."

in DN online a 23.12.07


"A sua mensagem ficará gravada

As operadoras de telemovóveis e Internet vão ter de conservar, durante um ano, todos os registos de chamadas, e-mails e visitas a sites"

in Visão n°772 de 20.12.2007



Londres, capital do mundo com mais câmaras de vigilância na via pública, passaportes europeus passarão a conter dados biómétricos, suspeitos detidos em Bruxelas após conversa telefónica ter sido escutada pelos serviços secretos, presos de guantanamo torturados e encarcerados em condições sub-humanas...*


Manchetes destas figuram em todos o diários, semanários, televisões ou rádios que prestem serviços noticiosos ("no ocidente"). Creio não estar sozinho ao considerá-las revoltantes. Não o facto de existirem, não, aliás, ficam desde já os meus agradecimentos àqueles que nos dão a conhecer tais realidades e fica a crítica àqueles que não o fazem (ignoram, escondem ou esquecem).

Não, o que me revolta é o facto de isto tudo acontecer sem qualquer espécie de oposição séria. Entristece-me que em nome da segurança se viva esta paranóia onde se permite tudo a todos. Vejo nisto um retorno paulatino aos Estados de Segurança. Precisamente naqueles que os combateram - assusta-me. As ditas grandes democracias do mundo sucumbem neste momento ao medo, ao pavor de eventuais ataques terroristas. Manipula-se a opinão pública. Tudo em nome da segurança. Esquecem-se os direitos e deveres. Direitos à privacidade, direitos humanos, liberdade de expressão-a proibição da transmissão do filme de Michael Moore nos E.UA., por exemplo. Tornamo-nos ainda mais egoistas, constantemente vigiando o vizinho porque sabemos que ele também pode ser um terrorista. Fechamo-nos.

Confesso, confunde-me este caminhar para uma sociedade do big brother, para um 1984. Confunde-me porque geralmente, nas ditas democracias desenvolvidas, a opinião pública considera-o algo mau. No entanto, sob o pretexto da segurança, todos os dias se fazem progressos nesse sentido, com o conhecimento e aval de todos.

Ao mesmo tempo pretende-se ensinar a democracia e os seus valores ao resto do mundo - aos "coitados" que não percebem nada disto, como não-desenvolvidos não são tão livres quanto nós - porque é um direito que é inato e inelianável e é o que está certo!

O facto de eu poder publicar este artigo é uma prova de democracia. É de facto, mas é perversa, porque realmente não me é vedada a possibilidade de o fazer, porque será abafada não só porque eu sou um zé-ninguém, mas também porque isto não será lido por ninguém, e muito menos surtirá algum efeito que de algum modo contrarie esta sociedade do "big brother".

Agora, estranho o porquê da ausência de oposição a esta tendência nas altas esferas da sociedade que poderiam realmente pô-la em causa. Parece que se esquecem que estes mecanismos de "segurança", quando forem utilizados em detrimento de alguém, que alguns deles serão os primeiros.

Por fim, quero apenas dizer que o argumento de alguns, dizendo que "quem não tem nada a temer, nada esconde. Logo não deve ter tais preocupações" é uma estupidez. É uma estupidez porque aqui não se discute se eu tenho medo de ser apanhado a cometer algum acto ilicito por estes novos meios. Discute-se sim, a ausência de valores inerente à utilização de tais meios.



*Algumas manchetes ou notícias de que me recordo embora já me falhe a memória no que diz respeito às fontes e datas.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Os acontecimentos que marcaram o ano 2007:

Neste texto vou procurar referir aqueles que foram os acontecimentos lamentáveis, questionáveis e de louvar neste ano de 2007 sem querer ser exaustivo.

Referindo-me aos acontecimentos lamentáveis é de salientar a eliminação do Benfica pelo Espanhol na Taça UEFA, eliminatória perfeitamente ultrapassável; a não vitória do Benfica no Campeonato ficando a uns míseros dois pontos de distância do primeiro; a exploração do desaparecimento de uma rapariga inglesa por parte dos Media; o nº de mortos nas estradas; e a indecisão relativamente ao local onde se deve construir o aeroporto; a continuidade da Guerra no Iraque; o flagelo de Darfur (obviamente que estes últimos acontecimentos referidos comportam muito mais preocupações mundiais que os restantes e peço perdão por equipará-los, porém o facto de ser benfiquista leva-me a colocar aqui alguns factos mais negativos para o Glorioso que espero que seja campeão.)
Já os acontecimentos questionáveis foram a contratação de grande número de jogadores para o Benfica sendo que muitos deles não mostraram grande utilidade; a continuidade de programas como os Malucos do Riso entre outros.
No que diz respeito aos acontecimentos de louvar refiro os que decorreram no âmbito da presidência portuguesa da União Europeia como por exemplo: Cimeira União Europeia Rússia; Cimeira União Europeia África; e a assinatura do Tratado de Lisboa.

Posto isto, foi um ano cheio, espero que o próximo seja melhor.

Balanço deste 2007 que está a acabar

Para todos os interessados, desejos de um feliz Natal e um próspero ano novo... ou não.
Aproveito este momento de pausa de tudo o que são actividades interessantes ou lúdicas, para fazer um balanço deste ano que está a acabar.
Para começar, este foi um ano fantástico, no mínimo porque 2007 há só um, por isso aproveitem bem o pouco que resta dele.
Debruçando-me agora sobre o que de bom, mau, assim assim, ou cómico se passou este ano, vêm-me já à cabeça diversos acontecimentos que merecem destaque.
Em primeiro lugar, este blogue foi inaugurado, daqui a uns anos quando olharem para trás poderão verificar que se trata de um marco na história de Portugal.
Continuando no que de bom se passou em Portugal e arredores, um senhor espanhol proferiu a já célebre frase " Porqué no te callas". Já era altura de alguém mostrar alguma autoridade ao senhor venezuelano.
O gato fedorento acabou! Para uns é bom para outro é mau. Eu penso que é bastante positivo, na medida em que as pessoas agora têm mais tempo para vir ler o nosso blogue.
Entrando agora no campo do negativo ou cómico, houve uma confusão qualquer com o diploma de um "engenheiro" e chefe de Estado. O senhor em questão deve considerar este equivoco desagradável, eu acho cómico. Mas eu sou um optimista que vê sempre o copo meio cheio.
Parece que o professor treinador de um clube do norte descobriu que lavar os dentes não é tão fácil quanto ele pensava. Se isto é bom ou mau, não sei, mas eu como vejo sempre o lado bom da vida considerei a situação positiva.
O acontecimento mais triste do ano? Ao contrário do que meio mundo pensa não é a epopeia da menina inglesa. O acontecimento mais triste, reparem na repetição da introdução, é o Cristiano Reinaldo ter-se considerado a sétima maravilha do mundo. E ninguém venha dizer que nós temos inveja dele... Eu sei escrever, aposto que ele não!
Voltando agora ao que de positivo se passou, uma das muitas cimeiras que se realizaram este ano foi segundo dizem "Porreira pá". Não querendo transparecer a ideia de uma perseguição ao senhor, a frase em questão não me parece adequada para um chefe de Estado. Talvez seja do estabelecimento de ensino que frequentou, coitado... Como nem tudo o que diz respeito a este senhor é negativo, esteve bem quando se recusou a discutir questões de foro nacional no parlamento europeu.
Para terminar em nota alta, Portugal continua numa miséria e ainda não foi anexado por Espanha. Podem-se considerar felizes, ou então pensar que estamos tão mal que nem os Espanhóis nos querem.

sábado, 15 de dezembro de 2007

O Tratado de Lisboa

Aproveitando a deixa d'o Senhor Doutor, venho aqui falar-vos não da cimeira, mas sim do tratado de Lisboa. Hoje em conversa com o Senhor Doutor, constatei a minha profunda ignorância na matéria. Mas afinal o que é o tratado e para que serve?? A única coisa que me ocorreu foi a reforma no sistema de voto no conselho europeu, que facilitará a tomada de decisões. E mesmo isso, eu não sei explicar.

Creio que não estou sozinho na minha ignorância. Peço desculpas àqueles que não lêem francês mas creio que o seguinte artigo, embora não esclareça todas as dúvidas que possam existir, não deixa de ter algum interesse.


"Ne dites plus Constitution

Moins symbolique, plus technique, le Traité de Lisbonne déçoit


In "le 15e jour du mois", mensuel de l’Université de Liège – décembre 2007/169


Après les "non" français et néerlandais à la ratification de la Constitution européenne, la construction européenne semblait bien dans l’impasse. Bloquée dans une étape cruciale de son développement et de sa nécessaire réorganisation, l’Europe des 27 a connu une période d’immobilisme institutionnel longue de deux ans. Il y a quelques mois, l’ouverture est finalement venue du pays à l’origine de la crise. Comme il l’avait annoncé lors de sa campagne électorale, le président Nicolas Sarkozy a proposé aux pays membres de l’Union de laisser tomber la constitution pour adopter à la place un traité, dit simplifié. Exit toutes les dispositions symboliques avancées dans le premier texte (hymne, drapeau, valeurs culturelles communes, etc.); on ne conserve ici que les grandes lignes. Adopté à Lisbonne en octobre dernier par le Conseil européen, le nouveau traité sera signé le 13 décembre et devra être ratifié par chaque Etat membre.

Sortir de la crise

En renforçant les pouvoirs du Parlement européen, en instaurant le vote à "double majorité", en créant de nouveaux postes clés, le prochain traité européen doit faciliter le fonctionnement de l’Union. «L’Europe s’est élargie plus rapidement qu’elle n’a revu ses règles de fonctionnement, explique Nicolas Petit, chargé de cours en droit européen et co-directeur de l’Institut d’études juridiques européennes. Le cadre institutionnel de travail actuel, hérité du temps de l’Europe des 15, est trop exigu pour satisfaire les besoins d’une Europe élargie. Le but de ce traité est de permettre à une Union européenne comptant 27 Etats membres et agissant désormais dans des domaines multiples, de prendre des décisions plus vite et de s’appuyer sur des institutions adaptées à ses nouvelles dimensions, géographiques comme fonctionnelles.»

Déjà au cœur du projet de constitution, la réforme des institutions est de nouveau centrale dans le Traité de Lisbonne qui, pour 80%, reprend le contenu du texte élaboré sous la houlette du président Giscard d’Estaing. Rien de neuf sous le soleil donc, hormis l’évacuation des symboles européens. Le traité n’est pas vraiment différent de la constitution, ce qui peut poser problème: «Il ne sera pas évident, pour les représentations politiques, de proposer ce nouveau texte à leurs opinions publiques. D’un côté, les pays qui avaient ratifié la constitution doivent désormais représenter un texte en précisant qu’il n’est pas très différent du premier. De l’autre, les pays qui avaient refusé la constitution doivent vendre le Traité de Lisbonne en expliquant qu’il est radicalement différent du précédent. Pas simple», constate Nicolas Petit. Cet exercice de grand écart scandalise plus d’un analyste. D’aucuns ont ainsi critiqué "les procédés juridiques tordus d’un texte imbuvable pour les non-juristes". L’exemple le plus frappant est peut-être celui de la Charte des droits fondamentaux qui, si elle n’est plus incluse dans les traités, conserve la même valeur juridique que dans la défunte constitution. En clair, même si la Charte demeure formellement extérieure au Traité de Lisbonne, ce dernier lui confère malgré tout valeur de droit primaire.

Un de trop?

La création d’un poste de président du Conseil européen est cependant nouvelle. Selon le traité, la réunion périodique des 27 chefs d’Etat deviendra une institution à part entière, avec son dirigeant, élu pour deux ans et demi. Le président de la Commission sera quant à lui toujours présent et côtoiera un "haut représentant" de l’Union, sorte de super-ministre des affaires étrangères habilité à parler au nom de tous. Trois têtes différentes pour trois institutions séparées appelées à représenter la très cohérente politique européenne… «Dans les années 70, Kissinger disait déjà qu’il ne savait jamais qui appeler en Europe. A présent, on peut questionner la cohérence et la lisibilité de l’action internationale de l’Europe, puisqu’on aura deux présidents et un haut représentant. Sans parler des grands Etats qui jouent souvent cavaliers seuls», relève encore Nicolas Petit.

Ces changements devraient permettre, à terme, à l’Union européenne de devenir la région la plus prospère et la plus compétitive du monde. «Mais en expurgeant ce traité de tout contenu politique, on obtient un texte très technique et impénétrable pour le commun des mortels. A mes yeux, le retrait des symboles, de la Charte ou encore des valeurs communes, continue à accréditer l’idée que l’organisation européenne n’est qu’une grande technocratie, là où c’était le sentiment d’appartenance à l’Union qui avait besoin d’être renforcé», conclut le chercheur.

François Colmant"


Peço desculpas, está para breve uma publicação de jeito da minha parte :p
Até lá, estou convencido que a cimeira e o tratado até podem servir para suscitar discussões e reflexões interessantes aqui no blog. Sobre estes, ou outros temas incito os meus colegas a publicarem e os nossos queridos leitores a comentarem!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Cimeira União Europeia – África:


Recordando o que se passou no passado fim-de-semana em Lisboa pretendo elaborar um texto relativo a isso mesmo, a cimeira entre União Europeia a África.
Referindo-me ao objectivo da cimeira considero-o alcançado pelo que as nações dos vários continentes se reuniram e debateram novas ideias para o continente africano. Objectarão alguns dizendo que não se chegou a qualquer decisão. Respondo com o facto de as grandes decisões se fazerem muitas vezes nos bastiadores. Agora tenho a acrescentar que como dizia um jornalista (não sei se exactamente assim) é curioso verificar que de um lado estão alguns dos países mais desenvolvidos do Mundo e os seus Chefes de Estado e de Governo com um salário médio alto mas sem grandes luxos, e do outro estão os países menos desenvolvidos liderados pelos chefes de Estado e de Governo mais ricos do Mundo. Existe uma assimetria grave. Algo a melhorar.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

“Têm razão aqueles que afirmam que não há nada de mais doloroso que a recordação da felicidade.” *

No mesmo dia em que tive uma discussão sobre política, entre amigos. Uma daquelas discussões sem grande propósito e sem grande conteúdo e cujo objecto é tão difuso que acabam de repente por ninguém saber ao certo por que é que se discute. Pouco ou nenhuma diferença teve esta, não me lembro já de mais que pequeníssimos momentos, provavelmente os mais desinteressantes. Lembro-me de a princípio se ter falado sobre a política interna norte-americana e do possível sucessor de Bush. Passámos pela política externa do mesmo país tendo ido inevitavelmente falar das europeias. Falamos aí de direitos humanos, de políticas de ajuda ao desenvolvimento e de políticas de emigração. Tirámos conclusões, expusemo-las e ditámos sentenças. Enfim, desinteressante embora divertido e sempre saudável. Mas dizia, neste mesmo dia comecei a ler um livro de Jean-Paul Alata “Prisão de África”. Uma edição antiga, esquecida, que descobri numa estante da minha tia, tendo sido inicialmente do meu pai. Aparentemente, como fazia sentido na época, de cariz revolucionário e denunciador. Pelo que depreendi do primeiro capitulo, o livro aparenta ser, pelo menos em parte, uma compilação das vivências deste senhor guineense, enquanto preso político num regime da década de 70, que ou por ignorância ou por não se tratarem de memórias não soube identificar nenhuma das personagens. Escrevo isto propositadamente, antes de fazer alguma investigação sobre a matéria ou de ler mais que um capitulo do livro. Propositadamente porque o que me interessa focar aqui não é a veracidade da história. Vim antes relatar a impressão que me causou este mesmo capitulo, pela brutal descrição da tortura físico-psicológica encetada ao prisioneiro antes daquilo que se advinha um interrogatório. A ter acontecido, a descrição de quatro dias de fome, sede, parte deles passados com algemas, numa cela solitária, onde o sol de Conakry fazia da mesma um forno e a noite um frigorífico, embora extremamente bem conseguida, que eu nunca conseguirei sumarizar, não chegará de perto nem de longe a ilustrar aquilo que Alata terá sentido, nem, por conseguinte, aquilo que muitos passaram e continuarão a passar neste mundo fora. Ora este pequeno vislumbre, suficiente para me enjoar, torna qualquer conversa de café sobre política, direitos e dignidade humana bastante... obsoleta?




Fica mencionado o livro, e o meu conselho de leitura, embora descontextualizado, parece-me sempre actual, apesar de não ter ainda encetado sequer a leitura do segundo capitulo, que farei mal esteja publicado este artigo.


*O titulo é uma frase retirada do livro Jean-Paul Alata, "Prisão de África"

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Estudar mata!

Estou farto de estudar, estou revoltado, estudar mata! Vejamos o que pode acontecer quando estudamos... primeiro não ha exercicio fisico o que tem as implicações obvias. Como não temos contacto com exterior nem fazemos nada que gostemos temos um esgotamento psicologico e consequente depressão! Esta mesma depressão possivelmente faz-nos comer mal e em excesso (para afogar as magoas) e a obesidade, dislipidémias, colestrolémias... entre outros, passam a ser um problema.
Vejamos agora o efeito dos jantares e festas. Discoteca= Convívio= Exercicio fisico= Saude! Quanto aos jantares tenho a dizer o seguinte, a sangria contém vinho, o vinho é feito apartir da uva e isso possui vantagens cardiacas como é do conhecimento publico. Quanto ao álcool é assim, a selecção natural faz com que os individuos mais fracos de uma especie sejam eliminados para bem do resto da população, o mesmo acontece com os nossos neurónios, ou seja os neurónios mais fracos e lentos são rapidamente eliminados pelo álcool para um melhor funcionamento do nosso cérebro! Mas há mais a dizer sobre o assunto do álcool! As estatisticas dizem que 23% dos acidentes de trânsito são provocados pelo consumo de álcool. Conclusão? Os restantes 77% bebem água e refrigerantes. Afinal quem mata mais? Pois bem, façam um favor a voçês mesmos e não estudem que só vos faz é bem!