quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Actualidade: O primeiro grito do ocidente

Texto de opinião própria...

"Porque no te callas?" disse o rei Juan Carlos de Espanha irritado e desesperado para com o insólito Hugo Chávez depois de este chamar "fascista" a Aznar, antigo primeiro-ministro espanhol. O governo de Chávez fica marcado pelo mediatismo proporcionado pelas suas políticas fora do normal e pela incrível capacidade de produzir declarações bombásticas, é óbvio que o presidente venezuelano quer revolucionar o seu país mas as tentativas estão a criar conflitos com outras nações, na teoria mais poderosas como é o exemplo do Brasil, EUA e a UE no global.
Chávez possui recursos, muitos recursos, como por exemplo o gás natural e o petróleo, e com eles planeia chantagear qualquer nação para obter os seus objectivos e criar uma Venezuela de maior importância global, ignorando um povo calado pela censura. Para além disso, rejeita os investimentos estrangeiros pois não quer que o dinheiro saia do país. Suponho que a entrada de multinacionais traria novos postos de trabalho e maior riqueza à Venezuela, mas é a minha opinião.
Querido por uns, repudiado por outros, Chávez tenta tornar-se no novo Fidel que resiste a tudo e todos à custa do seu povo... e o problema está para durar pois o actual presidente mudou a constituição e pode agora ficar no poder até basicamente quando lhe apetecer.A nova pedra no sapato do século XXI? Opiniões querem-se e procuram-se.

2 comentários:

Jorge Wahnon disse...

Pedra no sapato... Começa a poder sê-lo, mas nada de demasiado preocupante. Certo é que o mundo precisa de pretróleo mas Chavez também precisa de o vender por isso existem limites à sua aparente "falta de consideração". Não só isso, como também é preciso não esquecer, e o líder venezuelano não o faz concerteza, é que os americanos apenas deixam a sua rebeldia ir até um certo ponto.
Dizem uns que a política é a luta pela aquisição e manutenção do poder, ora Chavez se luta é pelo poder interno do seu país. As regras do jogo tornam-se simples, ele não chateia desde que não hajam ingerências da sua política interna. No fundo, a meu ver, é tudo o que ele pretende com tanta controversia, isso e afirmar-se perante o mundo, indo buscar a ideia do etat c'est moi, procura afirmar-se como um homem forte, legitimado pelo seu povo (é preciso não esquecer que foi eleito e que ainda goza de grande popularidade na generalidade da opinião pública venezuelana).
Retomando, a ideia da pedra no sapato, apenas o é por pôr em causa a nossa matriz socio-cultural, em especial a americana, e por ter voz nos media. Não creio contudo que o seja noutras dimensões. Porque ser independente é saber gerir independências, e o mundo continuará a precisar de Chavez e Chavez do mundo.

Jorge Wahnon disse...

Enganei-me, acaboei agora mesmo de o constatar. No final do texto o que quis realmente escrever foi:
Porque ser independente é saber gerir dependências, e o mundo continuará a precisar de Chavez e Chavez do mundo.