quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O dia europeu sem carros:

No passado dia 22 celebrou-se o dia europeu sem carros. Não sei se alguém deu por isso. Se deu, terá sido pelo destaque dado pelos meios de comunicação social do dia seguinte. Pois é, nesse dia o número de carros que circulavam nas estradas era pouco diferente daquele que todos os dias invade os caminhos deste país. O mesmo volume de poluição foi emitido para a atmosfera. O mesmo dano foi causado ao Ambiente. Algo que naquele dia se pretende evitar.
Pois bem, aquele dia já foi celebrado com sucesso. As ruas das principais cidades permaneciam sem carros e causava-se o efeito pretendido. Poderão alguns apelidar a iniciativa de hipocrisia pois incentiva-se um dia mas desprezam-se todos os outros durante o ano. Porém, parece-me que seria difícil impedir durante vários dias num ano a emissão de gazes poluentes e para além disto, ainda que por um dia, lembra-se às pessoas que se está perante um problema central da sociedade actual e que é urgente a redução da emissão de gazes nocivos para o Ambiente.
No entanto, este dia não teve o tal efeito pretendido e existem vários responsáveis. Desde logo é responsável quem detém o poder neste país tanto a nível nacional como local. Não existiu uma campanha veemente de sensibilização para a causa. Só no próprio dia se desenvolveram diversas iniciativas nesse sentido mas terá sido suficiente?
Outro responsável foi a inexistência (em alguns casos) ou o parco número de avisos (noutros) dados pela comunicação social que o tal dia iria ocorrer. No dia seguinte muitos jornais tinham por primeira página a notícia de que aquele dia “tinha passado ao lado dos portugueses” mas esses jornais e outros meios de comunicação não fizeram o aviso de que tal acontecimento iria suceder tal como fazem com o tempo (meteorologia) ou quando a hora se altera.
Obviamente não descarto a responsabilidade daqueles que não se informaram e não agiram em conformidade com o dia.
É urgente uma alteração de posturas relativamente ao problema. Pode ser um problema deste ou de outro século qualquer mas mais do que isso, trata-se de um problema do nosso Mundo.
Este texto não deve ser visto como uma crítica não construtiva mas antes como um alerta. Obrigado.

1 comentário:

Jorge Wahnon disse...

Pois é Caríssimo! É isso tudo e não só. Não sei se sou o único a pensar assim. Mas que raio de dia sem carros é que se pretende se apenas não se pode circular dos restauradores à praça do comércio?!