terça-feira, 9 de setembro de 2008

A Malta Anda a Ver Tudo ao Contrário

Peço desde já desculpas por repetir o tema tratado anteriormente pel'O Senhor Doutor. Justamente, isto começou como um comentário mas ficou tão grande que teve mesmo que ser um post. Pois, a meu ver, o problema desta questão é que se anda a falhar muito nas análises e interpretações dos factos. Passo a explicar.

Os dirigentes de todo o mundo andam a felicitar os governantes do país em questão pelo sucesso nas eleições. A malta pensa que tanto “parabéns” se deve ao facto de terem ganho as eleições. As primeiras passados 18 anos! Ainda por cima foram livres e democráticas! O que a malta não percebe é que estavam a dar os parabéns ao “Mais Velho” por ter montado o sistema político perfeito. Conseguiu aquilo que nenhum dos ocidentais conseguiram até agora, perpetuar-se no poder de forma livre e democrática.
Ora se formos a ver, o que o Sr. fez, principalmente nestes últimos 18 anos, é louvável , diria mesmo, de mestre! Conseguiu juntar toda a classe política. Deu-lhes “bué” dinheiro para serem dos seus e não causarem sarilho. Criou uma classe burguesa, ensinou-lhes a usar o dinheiro. Gastando sempre em grandes investimentos em sociedade com Os estrangeiros, para garantir que o dinheiro rende e que o apoio da comunidade internacional é incondicional (o petróleo chegava para isso. Mas caso o ouro negro e os diamantes falhem, ficou, desde logo, uma fonte segura de receitas para tudo isto). Ainda, criou, armou e mantêm poderosas forças armadas, como garante da amizade e apoio das nações vizinhas e de qualquer chico-esperto que alguma vez tenha ideias engraçadas.
Deixou assim resolvida qualquer ameaça ao partido ou ao país. O perigo de cisão extingue-se pela "coincidência" que há, pois os dirigentes políticos e os detentores de capital são as mesmas pessoas. Capital esse que é partilhado entre eles e assim não pode existir qualquer divergência nos interesses perseguidos por uns e outros, antes pelo contrário, coincidem.
Assegurada a sustentabilidade do partido, restam as eleições. A democratização guarda uma possível ameaça. O pesadelo dos partidos do dito primeiro mundo. A perda do poder político. Aqui seria ela conquistada por um partido com uma fracção mínima do orçamento e militantes do dos dirigentes, por um qualquer milagre. Ameaça esta já pequena dada a diferença de dimensão das máquinas partidárias. Contudo possível. O Mais Velho e os seus previram isso de forma simples. Distribuem-se uns carros gratuitos nos comícios e fica tudo sob controlo.
Assim sem ser preciso aldrabar os resultados dos votos nem nada! As eleições são mesmo livres e democráticas, propõe-se a candidato quem quer, vota quem quer, tudo transparente. E ganha O Mais Velho.
É ou não do Caraças?



Estou a ver que é já falei demasiado e que não tarda tenho os agentes dos serviços secretos do dito país à porta :p

Sem comentários: