sábado, 15 de março de 2008

Votos:

Em meu entender existem dois tipos de sondagens (lato senso), as sondagens como simples amostragem das opiniões das pessoas, por exemplo as sondagens expostas neste blogue, e as que antevêem uma votação final, por exemplo as das intenções de voto nas eleições legislativas, autárquicas e presidenciais, muitas vezes mostradas na televisão.
Quanto às primeiras nada a criticar, não porque é nosso hábito colocar esse tipo de sondagens às pessoas, mas porque não têm qualquer consequência, a não ser a de que se fica a saber a opinião de um conjunto não muito grande de pessoas sobre determinado assunto. De qualquer modo, estas sondagens acabam por não ser uma amostragem muito fidedigna a nível nacional, mas acabam por sê-lo relativamente às pessoas que estão no mesmo sector etário que nós e visitam este blogue.
Já as segundas que referi não são do meu agrado por vários motivos.
Desde já, as sondagens influenciam as pessoas. Ainda há pouco tempo falava com alguém que dizia que não costuma votar com as maiorias, isto é não costuma votar naquele que previsivelmente vai ganhar segundo as sondagens mas antes naquele que acha ser o melhor para o cargo para o qual se está candidatar. Porém, nem todos funcionam deste modo. Existem pessoas que ao verem o partido A à frente do partido B, nas sondagens, votam no partido A por este liderar as intenções de voto. No entanto também se passa o oposto, diria não tão frequentemente.
Esta influência que as sondagens têm nas pessoas é no mínimo criticável pois o voto do cidadão deve apenas ser condicionado pela concordância ou não com o programa do partido ou do candidato.
Outro motivo é que as sondagens podem ser manipuladas de modo a influenciar, como já referi, o eleitorado. Não estou aqui a dizer que A ou B fazem isso, estou apenas a escrever que é possível que isso aconteça algo que é de todo inaceitável.
Depois, as sondagens podem estar erradas, isto é, podem não constituir a real intenção de voto dos cidadãos.
Já outra razão é a discordância, por vezes grosseira, entre várias sondagens, algo que já aconteceu, e não há muito tempo. Por exemplo, nas eleições autárquicas de 2005 grande parte dos canais de televisão davam como vencedor o partido A por larga margem, e apenas um canal dava o partido B como vencedor. Resta dizer que o partido A ganhou mesmo por larga margem.
Ainda outro motivo, talvez mais discutível é o facto das sondagens estragarem a surpresa de saber quem é o vencedor e o vencido. Não sei se concordo com este motivo mas fica a alusão.
Posto isto, creio que talvez as sondagens não sejam algo benéfico para a sociedade mas hão-de continuar a existir.

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