quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Ranking das escolas de 2009.

Bem sei que o ranking das escolas de 2009 já foi notícia há bastante tempo mas só agora me debrucei convenientemente sobre o mesmo.



Foi com algum orgulho que verifiquei que no ranking das escolas básicas figura a Associação Escola 31 de Janeiro em 34º lugar com uma média de 3.82 nos exames.

Foi um bom resultado tendo em conta que neste ranking constam 1304 escolas de todo o país. É certo que não colaborei directamente neste relativo sucesso pois estes são resultados deste ano, no entanto a minha passagem por aquela casa que durou vários anos, deixa-me (conforme já afirmei) orgulhoso. Sinto que de algum modo contribuí para o crescimento daquela casa que conta com quase 100 anos.

A escola tem fragilidades, não o escondamos. A falta de espaço, que quando lá andei já se fazia notar, é um dos maiores problemas criado pelo crescimento (físico) repentino que se iniciou há 10 anos. Uma escola que passa de 4 anos escolares (para não falar da pré-escolaridade) para 9, em poucos anos (na altura 5) pode ter dificuldades em reestruturar-se e de facto neste caso teve-as.

No entanto, as virtudes desta Escola superam enormemente os problemas. Apesar do súbito crescimento, a escola hoje em dia já conta com a experiência no ensino do 5º ao 9º ano. O sucesso no programa de Xadrez levou este estabelecimento de ensino a uma posição de alguma excelência no que à exigência no ensino e na aprendizagem diz respeito. Em suma, diga-se, os resultados estão à vista.



Apesar de tudo, nem tudo é ouro. Se no básico tenho orgulho, no secundário predomina a preocupação mas não a surpresa, de todo. A Escola Secundária Fernando Lopes Graça, vulgo “Escola da Madorna”, está numa posição medíocre. O 274º lugar não pode suscitar qualquer contentamento. Uma média de exames na casa dos 10 valores é um resultado fraco, muito fraco.

É-o ainda mais numa altura em que os exames são considerados fáceis, algo com repercussões no que a entradas no ensino superior diz respeito. A escola tem de facto muitos problemas, que pelos vistos ainda não foram resolvidos. Apesar do “saneamento” entretanto realizado (expressão infeliz por certo mas que retrata bem o que se passa), a crer nos relatos que me foram noticiados, a Escola não dá sinais de melhoria.

Falemos do tal saneamento. A escola tinha nas suas “fileiras” estudantis inúmeros alunos alegadamente pouco preocupados com o que ali faziam, mais apostados no insucesso escolar que propriamente no sucesso. Procedeu-se à exclusão desses alunos, com vista à melhoria da qualidade do ensino. Resultados: poucos ou nenhuns.

Apesar de a minha passagem ter sido bem menos duradoura nestes estabelecimento de ensino que no anterior, não posso deixar de manifestar preocupação com o estado das coisas. O argumento de que é uma escola pública não colhe, veja-se qual é o modelo de ensino da escola que ocupa o primeiro lugar do ranking. É Público. Espera-se trabalho.

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