terça-feira, 9 de junho de 2009

Breves Considerações Quanto à Sobrevalorizada "Vitória" do PSD.

Antes de mais, porque suponho ser regra nestas politiquices, quero felicitar e congratular politicamente (seja lá qual for a diferença entre ter o adverbio ou não) o PSD. Foi uma vitória um tanto previsível dada a fraca qualidade da alternativa. Quanto a mim, e face ao resultado, as sondagens demonstraram bem a sua crescente inutilidade. Parece vigorar como seu propósito servir os interesses de quem as encomenda. Ouvi ainda outra explicação para a sua inutilidade. Alegadamente existe um qualquer erro técnico que os "sondadores" portugueses insistem em repetir pois, aparentemente, realizam as suas tarefas ignorando a concentração de certos eleitorados em certas regiões. Isto é, usam uma amostra pouco expressiva recolhida em todo o território nacional sem ter em conta essas variantes. Se querem que vos diga não sei se percebi bem e gosto mais da outra explicação. Seja como for, parece que as sondagens de pouco servem para além de condicionar o sentido de voto das massas.
Dizia eu, felicito politicamente (para não ter de felicitar de outra forma) o vencedor de umas eleições cuja campanha foi marcada pelo baixo nível, falta de ética de uns, de pudor de outros e na generalidade marcada por um debate à margem das funções do Parlamento Europeu e fora das competências, interesse e capacidade dos seus deputados.
Em suma assistiu-se a uma pré-legislativa ridícula. Partindo-se de uma lógica na qual se pressupõe que o vencedor destas eleições sai fortalecido para aquelas. Considero isto errado e creio não estar só, uma vez que, se por um lado se Vital Moreira é um fraquíssimo político à portuguesa (não tem aquela dinâmica do bom orador português que fala bem e não diz nada), já José Sócrates é um mestre nessa arte demagoga e Manuela Ferreira Leite não. Importa ainda ver que uma coisa é não escolher PS quando há alternativa numas eleições sem grande importância visível para o comum cidadão, outra é preferir uma não alternativa a governo em "tempo de crise".
Resta-me concluir que a apresentação de sondagens para as legislativas imediatamente após a confirmação dos resultados do escrutínio de Domingo, bem como a contínua extrapolação do resultado destas para uma derrota do governo e de Sócrates, não passa de atirar "areia para os olhos". A única importância deste resultado para as legislativas é um fortalecimento de uma estrutura, já por si fraca, elevando a moral desta e da sua Juventude... Enfim...

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