segunda-feira, 21 de abril de 2008

“O que pensa do Novo Acordo Ortográfico?”

Aqueles que discordam deste novo acordo ortográfico foram maioria na sondagem, mas uma maioria “brutal”. 35 pessoas (77%) entenderam que este acordo é um absurdo. Apenas a 5 (11%) pessoas não agrada mas considera necessário e 3 (6%) estão completamente de acordo. Já apenas 1 entendeu que lhe era indiferente ou que era irrelevante pois terá apenas impacto real na vida dos seus filhos e netos.
Não vou proceder a escrita de um texto extenso acerca deste tema pois já foi abordado noutro texto. Termino este (texto) referindo que o resultado desta sondagem parece indicar a opinião geral dos portugueses. Porém parece que o acordo vai mesmo avançar.

2 comentários:

Anónimo disse...

Antes de mais, meus queridos, parabéns pelo blog. tenho visitado e lido mas nunca tinha comentado até hoje. é um espaço arejado, com temas actuais (tudo o que é futebol passa-me completamente ao lado, mas realmente este tema foi golo) e dão uma visão realista da nossa sociedade.

Ora, acordo... Congratulo-vos pelo vosso trabalho de pesquisa e pela forma como expuseram o problema, mas tenho uma opinião diferente desses setenta e tal por cento de votos. Podem crer que não há neste Portugalinho ninguém que ame mais a língua portuguesa que eu. Na verdade, prefiro-a a todos os outros idiomas e defendo-a com unhas e dentes se for preciso. E sim, quando esta polémica toda se gerou também fui a primeira a contrapôr-me.

Mas reparem_ este não é, de todo, um bom método para mostrar patriotismo. Isto é uma questão de consevadorismo e teimosia ou um "orgulho-da-nação-like"! Se esse sentimento realmente existisse, os portugueses demonstravam-no com atitudes mais importantes e bem mais nobres do que um "abdicar de umas letras e uns acentos por uma catrefada de brasileiros e pretos que não sabem falar".

Mas a realidade é memso essa_ são, de facto, países com uma taxa de analfabetização bem maior que a nossa. E mais_ são mais que as mães! Porque haveríamos nós de não prescindir de uma mudança com esta escala se esta pode beneficiar tanta gente?

Beneficiar, sim. Já pensaram que os nossos filhos não vão dizer o típico: "ó pssoooora, porque é que esta palavra tem pê se não se lê?". Não vos aconteceu? Pois a mim era todos os dias, durante alguns anos...

Mas isto, realmente, não está muito bem feito. Tenho andado a investigar a coisa, e há palavras que teriam de ser corrigidas se lhes fossem retiradas algumas consoantes mudas. Isso iria mexer na sílaba tónica e iria implicar acentuação. Vejam lá isso então, que por mim, com o hábito, não me importo de atuar em vez de actuar, assim como agora vou a uma farmácia e não a pharmacia.

Origem etimológica?? Ó meu Deus, se assim fosse estávamos aqui todos a latinar uns com os outros! Para quê conservar essas raízes? Evolução!!


E agora, a coisa que mais me preocupa: não me apetece tomar na minha língua (que até só por acaso foi a língua do povo que colonizou aquela terrinha, mas estou a pôr de parte o meu espírito tuga) alguns estrangeirismos que eles (falo do povo brasileiro) importaram. Sim, não são nada poucos! Sou portuguesa, não sou nenhuma espécie de norte-americana a enrolar a língua...

Repito, isto é conservadorismo "patriotista-like"! Se fôssemos realmente patriotas nesta questão da língua, comíamos McFrangos em vez de McChicken, como nuestros hermanos comem McPollos!


Parabéns pelo blog, mais uma vez! E um conselho: era óptimo obter o vosso reforço directo, isto é, o comentário de resposta!



P.S.: Já viram a divulgação que os nossos escritores não vão ter com este acordo?!

Bruno Antunes disse...

Importa desde logo agradecer o seu comentário, o facto de ser uma assídua leitora deste blogue e também os elogios dirigidos a este "espaço".
Quanto ao conteúdo do seu comentário devo dizer que respeito o seu ponto de vista mas que discordo, pelas razões já referidas num comentário meu a um texto deste blogue "O acordo ortográfico". Para não me tornar repetitivo e maçador vou apenas, nesta resposta ao seu comentário, resumir a minha posição.
Acredito que este acordo vai benificiar o Brasil mas que não vai suceder um "abrasileiramento" da língua portuguesa até porque o acordo é ortográfico e não relativo à língua falada. Posto isto, e repetindo a expressão utilizada no comentário que fiz ao outro texto, "nem tanto ao mar, nem tanto à terra".
Apesar disto, também é de referir que não é um acordo ortográfico que permitirá uma aproximação no que diz respeito aos laços de comunicação ou negócios realizados com os restantes países da CPLP.
Para quê um acordo uniformizante da ortografia portuguesa? Se tivermos em consideração o inglês, verificamos que existe o "British English" e o "American English". Não existiu necessidade de um "regime" diferente assim como parece não existir relativamente ao português.