sexta-feira, 25 de abril de 2008

E se Cabo Verde fosse território português?

(É importante referir desde logo que é mera coincidência o facto de escrever neste dia, 25 de Abril ).
Em 1974, já depois do 25 de Abril, começou-se a proceder a descolonização dos territórios (até aí) portugueses em África. Cabo Verde, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe Guiné-Bissau passaram a ser independentes de Portugal.
Hoje em dia, são visíveis as dificuldades de implementação da democracia nesses países, em uns mais do que outros, associado ao fraco desenvolvimento. Atenção, referi-me ao desenvolvimento, não à riqueza. Contudo, não cabe aqui explorar este tema.
O que venho trazer ao debate neste blogue é a possibilidade de uma dessas antigas colónias ser território nacional português. A ser alguma das que referi, seria Cabo Verde. É de referir que esta integração devia ter sido feita aquando da descolonização dos outros territórios africanos e não agora. Se assim fosse (agora), provavelmente geraria revolta de muitos cabo-verdianos pelo facto de já viverem independentes de Portugal há 30 e alguns anos.
Passo a explicar o porquê da integração de Cabo Verde em Portugal.
Existem vários motivos para defender essa ideia. Desde logo, motivos históricos.
Desde logo aquando da descoberta de Cabo Verde por Portugal, o arquipélago não era habitado. Foi Portugal a povoar aquele território. Para ser rigoroso, esse povoamento foi feito através do transporte de escravos de outros territórios africanos para Cabo Verde. Devo dizer que condeno absolutamente esse comportamento (a escravidão). Contudo, foram os portugueses que procederam a esse povoamento que de facto não se cingiu aos escravos.
Outro motivo é o facto de na guerra colonial, em que “movimentos libertadores” dos territórios africanos lutaram contra Portugal pela sua independência, apenas Cabo Verde não detinha um grupo armado.
È certo que se associaram ao PAIGC da Guiné na luta armada, mas não um movimento libertador originário de Cabo Verde.
Para além disto, a guerra não teve lugar em Cabo Verde. Foi o único que escapou à chacina.
Diferente fundamento é a ligação entre Portugal e Cabo Verde. È visível a atenção com que os cabo-verdianos seguem as notícias em Portugal, sendo o desporto, principalmente o futebol, bastante seguido.
Outro alicerce daquilo que aqui defendo é o elevado número de residentes de origem cabo-verdiana em Portugal. Este motivo está relacionado com o anterior. Resta saber se foi essa ligação que proporcionou a imigração de cabo-verdianos ou se foi antes a imigração que facilitou a ligação entre os dois países.
Posto isto, é importante referir que esta integração de Cabo Verde em território luso era benéfica para ambos (Portugal e Cabo Verde).
Portugal beneficiaria com o turismo de Cabo Verde, já o país da “cachupa” beneficiaria dos fundos europeus proporcionados pelo facto de Portugal ser membro da União Europeia.
Posto isto, lanço debate de ideias em torno deste tema. Obrigado.

2 comentários:

Anónimo disse...

Sr. Doutor,

Se esses argumentos fossem os únicos, o mundo em que vivemos seria tão previsível, pacífico, saudavel...

Anónimo disse...

Adorava que isso pudesse acontecer devido sobretudo a importância geográfica que significaria para Portugal,a influencia naquela zona geográfica em África,cabo verde e säo Tomé e príncipe!ilhas que eram completamente desocupadas e foram completamente colonizadas por Portugal!ambos beneficiariam com isso,quem sabe um dia,Portugal esta muito mal economicamente mas quem sabe num futuro a longo prazo