Bem sei que o tema se banalizou e que foi sendo esquecido desde 9 de Novembro , não obstante, e espero não maçar ninguém, gostaria apenas de aqui deixar a minha interpretação dos factos. Assumindo uma posição, pouco consensual, de um debate que ainda não se consegue ter com grande isenção e frieza, pois, embora eu tenha nascido em 88, para este efeito, o muro caiu ontem.
Terá o muro caído ou sido derrubado?
Antes de mais, importa esclarecer que a questão é meramente semântica - embora revestida de uma carga simbólica importantíssima, própria do fim de uma guerra que antecipa uma nova ordem internacional que, ainda por cima, ninguém venceu- pois sabemos perfeitamente que não houve terramoto em Berlim e o muro só pode ter sido derrubado (por pessoas).
Dito isto, devo desde logo assumir que sou adepto daquela ideia da queda. Gosto de pensar que o muro, e depois a RDA, e depois o Pacto de Varsóvia e depois a URSS caíram. Apenas não sei se nessa ordem ou se na ordem inversa.
Foram muitas as circunstâncias que levaram ao colapso do sistema, dependendo da ideologia uns louvarão Reagan e o capitalismo e outros culparão Gorbachev, a perestroika e o glasnost. Independentemente, creio que o bloco soiético caiu por si: por causa do Afeganistão, porque não conseguia competir com os EUA, porque já não conseguia silenciar o povo e mantê-lo "off the streets"... Não importa, não acredito que a culpa recaia sobre uma pessoa ou um evento, foi culpa do tempo que pôs à prova um regime que, como todos os outros, lhe sucumbiu.
O que nos traz ao nosso mote, então e o muro? O muro foi um sintoma dessa queda. Caiu porque os tanques não entraram nas cidades, porque houve uma abertura do regime, porque era menos rígido, porque os governos satélites já não eram tão satélites assim, porque as pessoas se podia congregar, por causa da Solidariedade, porque a Hungria abriu as fronteiras, por causa do comboio, por causa da igreja... e tantas outras coisas.
O muro caiu porque o sistema caía. Foi um sintoma de uma série de eventos dependentes e consequentes e não um evento isolado, antecipado em algumas horas por uma conferência de imprensa e pela tv.
Por estas e por outras, parece-nos que o muro caiu. A menos que se considere que foi o tempo que o derrubou e aí não há como argumentar contra.
Terá o muro caído ou sido derrubado?
Antes de mais, importa esclarecer que a questão é meramente semântica - embora revestida de uma carga simbólica importantíssima, própria do fim de uma guerra que antecipa uma nova ordem internacional que, ainda por cima, ninguém venceu- pois sabemos perfeitamente que não houve terramoto em Berlim e o muro só pode ter sido derrubado (por pessoas).
Dito isto, devo desde logo assumir que sou adepto daquela ideia da queda. Gosto de pensar que o muro, e depois a RDA, e depois o Pacto de Varsóvia e depois a URSS caíram. Apenas não sei se nessa ordem ou se na ordem inversa.
Foram muitas as circunstâncias que levaram ao colapso do sistema, dependendo da ideologia uns louvarão Reagan e o capitalismo e outros culparão Gorbachev, a perestroika e o glasnost. Independentemente, creio que o bloco soiético caiu por si: por causa do Afeganistão, porque não conseguia competir com os EUA, porque já não conseguia silenciar o povo e mantê-lo "off the streets"... Não importa, não acredito que a culpa recaia sobre uma pessoa ou um evento, foi culpa do tempo que pôs à prova um regime que, como todos os outros, lhe sucumbiu.
O que nos traz ao nosso mote, então e o muro? O muro foi um sintoma dessa queda. Caiu porque os tanques não entraram nas cidades, porque houve uma abertura do regime, porque era menos rígido, porque os governos satélites já não eram tão satélites assim, porque as pessoas se podia congregar, por causa da Solidariedade, porque a Hungria abriu as fronteiras, por causa do comboio, por causa da igreja... e tantas outras coisas.
O muro caiu porque o sistema caía. Foi um sintoma de uma série de eventos dependentes e consequentes e não um evento isolado, antecipado em algumas horas por uma conferência de imprensa e pela tv.
Por estas e por outras, parece-nos que o muro caiu. A menos que se considere que foi o tempo que o derrubou e aí não há como argumentar contra.
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