A História Mundial está repleta de manchas geradas pelo ser humano. É ele/somos nós os responsáveis por grande parte da desgraça que acontece neste Mundo. O problema vai bem além do mal que o ser humano faz a outros seres. O problema reside essencialmente no mal que o ser humano faz a outros seres humanos. Um claro exemplo disso é Auschwitz-Birkenau. Este campo de concentração nazi é a imagem do terror, da tragédia, do que há de pior na História. Foi como que o expoente máximo da degradação de valores ocorrida na década de 40 do século XX, durante a Segunda Guerra Mundial. A chacina infligida aos judeus (entre outros povos) foi de facto aquela que representou o ponto mais baixo da humanidade. Tanto pelo número de mortos, como pelo ódio visceral incutido pelo regime nazi nas populações, no fundo, por tudo o que foi feito em torno deste inimigo comum, o povo judeu. Seria igualmente condenável fosse qual fosse o povo envolvido.
(Imagem tirada daqui)
Por tudo isto, importa continuar a mostrar às pessoas que esta mancha histórica aconteceu mesmo. Como dizia Gilbert Chesterton em “O que há de errado no Mundo” “dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis”.
O que se passa em Auschwitz tem que ser rapidamente invertido. Segundo uma notícia que vi aqui, Aushwitz está “em risco de colapso”. Alguns edifícios estão em ruínas e aqueles que ainda não caíram precisam de restauro, assim como os documentos que preservam a memória, a triste memória daqueles tempos nefastos. Bem sei que estes restauros e preservação são muitíssimo dispendiosos, mas não valerá a pena?
Reflictam. Fica o reparo. Obrigado.
2 comentários:
A palavra história, deriva “do grego antigo historie, que significa testemunho, no sentido daquele que vê”, são os testemunhos, deixados pelos nossos antepassados, que a meu ver não devem ser deixados para trás! Estes devem ser tidos em conta, no presente, do nosso dia-a-dia.
Como se costuma dizer “é com os erros, que se aprende”, e se assim é, penso que deveremos olhar para o passado e não voltar a cometer erros, que já foram cometidos.
Na minha opinião este artigo reflecte muito isso e á semelhança do que o autor deste artigo profere, que deveríamos todos reflectir… Eu tenho a sorte de não ter nascido nesta época, nem no local em questão, mas penso que é importante, para nós (jovens da minha idade), que não deixemos morrer a história! È certo que é dispendioso, mas á inúmeras, outras coisas, que são igualmente dispendiosas e que os nossos políticos, não as deixam de fazer, muitas vezes sem função nenhuma, não passando de simples monumentos, sem representação e significado algum!
É importante pensarmos bem nisto…e pensarem, se o mesmo não estará a acontecer, no nosso país?!
De facto meu caro Sr. Doutor!
Este texto merece algumas reflecções da minha parte, provavelmente inconsequentes, mas propositadas.
1. O pior que o ser humano tem, para além do mal que inflinge, é o quão bem convive com esse mal, e, tal como o sr., não me refiro aos outros animais (apesar de a destruição da natureza levar em última análise a perdas humanas, senão mesmo da humanidade num todo).
2. Agrava o facto de continuarmos a ver pessoas viver em condições desumanas. Deveria ser aflitivo, especialmente se pensarmos que nunca o globo produziu tanto, todavia...
3. A minha dúvida neste momento é saber o que será pior, apagarmos a história ou ignorarmos o presente.
(Eu quase que poderia aceitar alguma perda de histria se a alocação dos recursos se dirigisse para salvar os moribundos).
Termino apenas dizendo que em nome da paz e dos povos contruimos todos os dias máquinas incríveis que tem a finalidade salvaguardar a humanidade em todos os seus planos, sejam vidas humanas, ou o património cultural, económico, social ou político. No entanto, constata-se que o esforço empregue não corresponde ao trabalho realizado.
Nota:
Estou longe de me considerar comunista, apesar da idelogia me agradar mais do que aquela que levou à contrução de Auschwitz. Repúdio mesmo a política tal qual ela é hoje, especialmente a sua divisão, já retrógrada e desactualizada, feita, num partidarismo infeliz e incongruente, que vai de uma esquerda a uma direita que não aceitam ou concebem outra forma de democracia.
Posto isto, não, não sou anarca... nem fascho, nem comuna, nem chucha, nem laranjinha nem replublicano ou democrata.
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