Agora sim! Já todos nós, excelenticissmos contribuidores deste blogue, publicámos. Agora é que vão ser elas! Vamos começar a escrever, a debater, reflectir e sentir (“o quê?!” - coisas). Agora, que nos consagrámos seres pensantes e produtores de aglomerados de letras que originam palavras cuja associação já dá indicios de se assemelhar a um texto, podemos sim, ter um blogue fascinante. Agora que já dei um uso exaustivo aos pontos de exlamação, em jeito de quem irradia felicidade, alegria e entusiasmo, vamos falar de coisas sérias.
“In order to remain human, one must take sides.”
Esta frase, ou algo que muito se lhe assemelha, ficou-me gravada na memória. Tirada do Quiet American de Graham Green que li no secundário. Muito bom livro, embora não o quisesse admitir. Afinal de contas, nenhum estudante de secundário pode gostar de um livro que foi obrigado a ler, ainda por cima aos bocados e em conjunto com a turma; muito menos, quando o livro em questão foi analisado até a exaustão por ser matéria de exame.
Felizmente, os tempos são outros. Pensando bem, o livro até era bom, e a frase até nem é assim tão idiota. Passemos ao que interessa. A razão que me fez lembrar esta frase foi o re-descoberto debate em torno da guerra: colonial, ultramarina ou de libertação, a escolha do nome fica ao gosto do freguês.
Passo a explicar. Graças à emissão do prós e contras de ontem, hoje [para além de muita gente ter sono. Sim! Não percebo a razão para um dos melhores (mais razoáveis? Menos terriveis?) programas da televisão portuguesa ser sempre difundindo às quinhentas da noite] não faltaram aqueles que à mesa do café debateram o assunto. O que me levou a escrever este texto, não foi o facto da guerra ter sido justa ou injusta, nem como deverá ser chamada, nem a forma como são tratados os veteranos, nem mesmo o estado dos cemitérios militares. Isso são problemas das gerações anteriores. O que vim aqui salientar é a falta de tolerância de que padece a nossa sociedade. Padecemos dum mal que mais não é que não sermos capazes de ouvir o outro. Basta uma pessoa discordar do nosso ponto de vista que nos agarramos ao nosso, como se da nossa honra se tratasse, e em vez de debatermos, insultamo-nos uns aos outros.
Tudo bem, temos que à la longue tomar partido num conflito. Mesmo que não activamente, mesmo que o conflito nada tenha a haver connosco. Mas há que não dar azo a exageros, nem tomar partido porque sim, nem ser incapaz de ouvir o próximo. Quanto mais não seja quando o tema em questão já está algo distanciado no tempo.
1 comentário:
Agora sim! Já todos nós, excelenticissmos contribuidores deste blogue, publicámos
GANDA LOL
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