segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Esclarecimento
Para começar gostaria de pedir desculpas se ofendi algum leitor, reiterando que não era minha intenção escarnir o nosso Primeiro Ministro, nem ofender os apoiantes do partido político de que o Senhor Doutor tanto fala no seu texto. Apenas tentei fazer humor simples fácil. A Censura cá de casa anda a marcar os meus comentários...
domingo, 28 de outubro de 2007
Resposta a todas as acusações a mim dirigidas.
Depois do que vi neste blogue, um constante maltratar do meu bom nome, tenho a oportunidade de responder a todo este insulto vilipendiante e ultrajante à minha pessoa.
Começaram por referir que duvidavam da minha sanidade mental quando o senhor Melekh Salem que escreve neste blogue refere:"que tenho as minhas dúvidas quanto a razoabilidade e saúde mental d'o senhor doutor, nomeadamente, quando se debruça sobre o debates que envolvam a rosa dos ventos ou os pontos cardeais". Pois bem, quando escrevi o" Norte e Sul: Falsa Questão?" escrevi uma realidade , dura, mas não deixa de ser real. Agora vir para aqui afrontar-me nestes termos é que não, isso não se faz. Porém antes que tornemos este blogue um lavar de roupa suja, acalmarei os meus protestos e passarei a outras questões.
A mesma pessoa criticou ferozmente o meu texto " O Estado em vivemos.". Quanto a essas criticas tenho a dizer que no que diz respeito ao descontentamento das pessoas perante os políticos só uma coisa a fazer, votem em branco, mas votem.
Já às criticas de outro participante, o senhor Apu, que escreve "ainda nos vai meter em trabalhos, com as pessoas e organizações que por aí andam" referindo-se minhas palavras no texto "Norte e Sul: Falsa questão?". Realmente espero que não soframos repercussões até porque não referi nomes.
Por fim, já num tom menos alterado e mais calmo devo responder ao comentário proferido "PS: Anónima que ama o Senhor Doutor, faz-te ao rapaz que ele precisa de uma mulher na vida dele, talvez assim acabe com as teorias da conspiração." No que diz respeito a este comentário devo dizer que eu tenho muitas mulheres na minha vida e que como já referi, o meu primeiro texto neste blogue não é uma teoria da conspiração, é uma realidade . Espero que este blogue não se torne uma espécie de "Tertúlia Cor de Rosa" ou algo parecido em que se fala da vida de cada um ao contrário de se falar no que verdadeiramente interessa que é o panorama nacional e internacional.
P.S: esta sigla significa Post Scriptum, não confundir com um partido político. Já agora dizer ao Apu que temos pena por não aparecer aí no blogue nenhuma mulher a fazer-lhe uma declaração de amor. Isso é só para alguns, os bafejados pela sorte( e que não suplantam o interesse nacional ou internacional pelo seu interesse particular como é feito no texto "Já que não há melhor assunto, fala-se da cimeira UE Rússia")
Começaram por referir que duvidavam da minha sanidade mental quando o senhor Melekh Salem que escreve neste blogue refere:"que tenho as minhas dúvidas quanto a razoabilidade e saúde mental d'o senhor doutor, nomeadamente, quando se debruça sobre o debates que envolvam a rosa dos ventos ou os pontos cardeais". Pois bem, quando escrevi o" Norte e Sul: Falsa Questão?" escrevi uma realidade , dura, mas não deixa de ser real. Agora vir para aqui afrontar-me nestes termos é que não, isso não se faz. Porém antes que tornemos este blogue um lavar de roupa suja, acalmarei os meus protestos e passarei a outras questões.
A mesma pessoa criticou ferozmente o meu texto " O Estado em vivemos.". Quanto a essas criticas tenho a dizer que no que diz respeito ao descontentamento das pessoas perante os políticos só uma coisa a fazer, votem em branco, mas votem.
Já às criticas de outro participante, o senhor Apu, que escreve "ainda nos vai meter em trabalhos, com as pessoas e organizações que por aí andam" referindo-se minhas palavras no texto "Norte e Sul: Falsa questão?". Realmente espero que não soframos repercussões até porque não referi nomes.
Por fim, já num tom menos alterado e mais calmo devo responder ao comentário proferido "PS: Anónima que ama o Senhor Doutor, faz-te ao rapaz que ele precisa de uma mulher na vida dele, talvez assim acabe com as teorias da conspiração." No que diz respeito a este comentário devo dizer que eu tenho muitas mulheres na minha vida e que como já referi, o meu primeiro texto neste blogue não é uma teoria da conspiração, é uma realidade . Espero que este blogue não se torne uma espécie de "Tertúlia Cor de Rosa" ou algo parecido em que se fala da vida de cada um ao contrário de se falar no que verdadeiramente interessa que é o panorama nacional e internacional.
P.S: esta sigla significa Post Scriptum, não confundir com um partido político. Já agora dizer ao Apu que temos pena por não aparecer aí no blogue nenhuma mulher a fazer-lhe uma declaração de amor. Isso é só para alguns, os bafejados pela sorte( e que não suplantam o interesse nacional ou internacional pelo seu interesse particular como é feito no texto "Já que não há melhor assunto, fala-se da cimeira UE Rússia")
sábado, 27 de outubro de 2007
Já que não há melhor assunto, fala-se sobre a cimeira UE Rússia
Um grande bem haja meus caros leitores, por muito poucos que sejam.
Parece que este blog, que irá revolucionar o mundo do jornalismo e da literatura (já se fala em Pulitzer), anda parado há demasiado tempo. Quem é que tem de escrever e manter uma postura profissional? O Apu...
Estou aqui para falar sobre a cimeira UE Rússia, realizada em Mafra, aquela classificada de "muito boa para Mafra, muito importante, é muito bonito" por alguns populares. O que realçar desta cimeira?
Para começar, a excelente localização, não podiam escolher um local mais bonito, mais acolhedor e que me causasse tantos transtornos como Mafra. Transtornos!? Blasfémia... Como é que a cimeira pode ser um transtorno? Sinceramente não sei. O facto de ter demorado uma hora e quinze minutos a fazer um trajecto que num dia normal demora 1 minuto se tanto vem-me à cabeça. Mas eu sou só um jovem estudante sem grande peso na nossa sociedade, que só será o futuro desta nação. Ou talvez ter demorado aí uns quarenta e cinco minutos a fazer 1 quilómetro de auto-estrada. Situações sem grande importância.
Politicamente falando, é de realçar a perspectiva de um novo acordo político entre a União Europeia e a Rússia, a aproximação comercial entre estes dois blocos comerciais e também os resultados concretos a que supostamente se chegou na matéria dos direitos humanos. O somatório de todos estes aspectos deve traduzir-se na importância e beleza referidos pelos populares.
Há que realçar também a atmosfera durante a cimeira, que segundo o Putin foi muito amigável, agradecendo a Portugal pela excelente organização. Eu pessoalmente agradeço pelas horas sentado no banco do autocarro.
Para terminar quero falar sobre os comentários dos diversos líderes presentes na cimeira. Das declarações de Putin os media realçam comentários à boa atmosfera durante as conversas, aos bons resultados, à boa organização e à necessidade que estes dois blocos têm de interagir um com o outro. De Durão Barroso, realça-se os comentários à boa progressão dos diálogos e à vontade de progressão de ambas as partes. Do nosso Primeiro Ministro apenas se realçou o seguinte: "Foi uma Cimeira construtiva, positiva, que permitiu avanços. Foi uma Cimeira de trabalho, de bom trabalho". Em largos minutos de discurso o melhor que o homem disse foi isto? Afinal o problema do "curso" do nosso Primeiro Ministro era o inglês ou o português? Dado que possui um "diploma" que comprova a sua aprovação em inglês, talvez fosse boa ideia fazer o discurso de novo na língua de sua majestade. Talvez assim houvesse mais alguma coisa a registar.
Obrigado leitores pela vossa participação no nosso blog. Vocês são os maiores! Adoro-vos.
PS: Anónima que ama o Senhor Doutor, faz-te ao rapaz que ele precisa de uma mulher na vida dele, talvez assim acabe com as teorias da conspiração.
Parece que este blog, que irá revolucionar o mundo do jornalismo e da literatura (já se fala em Pulitzer), anda parado há demasiado tempo. Quem é que tem de escrever e manter uma postura profissional? O Apu...
Estou aqui para falar sobre a cimeira UE Rússia, realizada em Mafra, aquela classificada de "muito boa para Mafra, muito importante, é muito bonito" por alguns populares. O que realçar desta cimeira?
Para começar, a excelente localização, não podiam escolher um local mais bonito, mais acolhedor e que me causasse tantos transtornos como Mafra. Transtornos!? Blasfémia... Como é que a cimeira pode ser um transtorno? Sinceramente não sei. O facto de ter demorado uma hora e quinze minutos a fazer um trajecto que num dia normal demora 1 minuto se tanto vem-me à cabeça. Mas eu sou só um jovem estudante sem grande peso na nossa sociedade, que só será o futuro desta nação. Ou talvez ter demorado aí uns quarenta e cinco minutos a fazer 1 quilómetro de auto-estrada. Situações sem grande importância.
Politicamente falando, é de realçar a perspectiva de um novo acordo político entre a União Europeia e a Rússia, a aproximação comercial entre estes dois blocos comerciais e também os resultados concretos a que supostamente se chegou na matéria dos direitos humanos. O somatório de todos estes aspectos deve traduzir-se na importância e beleza referidos pelos populares.
Há que realçar também a atmosfera durante a cimeira, que segundo o Putin foi muito amigável, agradecendo a Portugal pela excelente organização. Eu pessoalmente agradeço pelas horas sentado no banco do autocarro.
Para terminar quero falar sobre os comentários dos diversos líderes presentes na cimeira. Das declarações de Putin os media realçam comentários à boa atmosfera durante as conversas, aos bons resultados, à boa organização e à necessidade que estes dois blocos têm de interagir um com o outro. De Durão Barroso, realça-se os comentários à boa progressão dos diálogos e à vontade de progressão de ambas as partes. Do nosso Primeiro Ministro apenas se realçou o seguinte: "Foi uma Cimeira construtiva, positiva, que permitiu avanços. Foi uma Cimeira de trabalho, de bom trabalho". Em largos minutos de discurso o melhor que o homem disse foi isto? Afinal o problema do "curso" do nosso Primeiro Ministro era o inglês ou o português? Dado que possui um "diploma" que comprova a sua aprovação em inglês, talvez fosse boa ideia fazer o discurso de novo na língua de sua majestade. Talvez assim houvesse mais alguma coisa a registar.
Obrigado leitores pela vossa participação no nosso blog. Vocês são os maiores! Adoro-vos.
PS: Anónima que ama o Senhor Doutor, faz-te ao rapaz que ele precisa de uma mulher na vida dele, talvez assim acabe com as teorias da conspiração.
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
O Tratado de Lisboa.
Embora os chefes de governo dos vários países europeus membros da União Europeia já tenham chegado a acordo sobre o conteúdo do Tratado na semana passada, achei por bem fazer-lhe aqui uma referência.
Finalmente ao fim de muitas horas de trabalho, para não falar nos vários anos de debate em torno da questão, se chegou a acordo, e assim a Europa tem um novo Tratado Reformador que é segundo os meios de comunicação social um substituto da anterior Constituição Europeia que por ter sido “chumbada” em referendo por alguns países membros como a França e a Holanda deixou de ter “pernas para andar”.
Alguns perguntam-se se este Tratado é relevante para Europa e para Portugal e se Portugal não ficou a perder com tudo isto.
A resposta para a primeira questão é que é relevante para a Europa porque consegue estabiliza-la depois de uma crise advinda do já referido “fracasso” da Constituição Europeia. Para Portugal também o é, pois faz parte da União e o que é importante para a U.E. é também para Port ugal. Já relativamente ao facto de Portugal ter ou não ficado a perder com este Tratado a resposta é não. Respondo desta forma porque tomando alguma atenção ao que os meios de comunicação vão noticiando e ao que alguns comentadores vão afirmando é possível verificar que este Tratado só trouxe benefícios para o país.
Desde já afirmo que o facto de Portugal ter perdido dois deputados no Parlamento Europeu não resulta deste Tratado mas da abertura da U.E. a 27 membros e da possibilidade de adesão da Croácia. Posto, isto para aqueles que duvidam do benefício deste Tratado para Portugal tomando por ponto de partida este argumento (redução de deputados) o seu ponto de vista deixa de ter validade.
Mas esta é só uma razão para não considerarmos o Tratado algo negativo. Para o considerarmos positivo para os interesses portugueses é possível salientar o facto de o nome do Tratado ser “Tratado de Lisboa” o que levará a que o nome da capital do nosso país seja falada lá fora e de certa forma Portugal seja propagandeado (fiquei surpreendido pelo facto de este tratado não tivesse sido negociado e chamado de Tratado do Porto. O que afirmo será perceptível para quem leu o meu primeiro texto neste blogue).
Para além do que afirmei anteriormente devo ainda salientar o facto de se ter chegado a acordo sobre este Tratado com um Presidente da Comissão Europeia português que juntamente com o Primeiro-Ministro colaborou para o resultado final. A importância deste Tratado pode ser traduzida pelas palavras do já referido Primeiro-Ministro “Porreiro pá, porreiro”, o que demonstra o contentamento geral e a já referida importância.
Para finalizar este texto relativo ao Tratado de Lisboa deixo aqui a bandeira de Portugal e em jeito de despedida a bandeira da U.E. que deixará de ser utilizada como símbolo europeu.
Finalmente ao fim de muitas horas de trabalho, para não falar nos vários anos de debate em torno da questão, se chegou a acordo, e assim a Europa tem um novo Tratado Reformador que é segundo os meios de comunicação social um substituto da anterior Constituição Europeia que por ter sido “chumbada” em referendo por alguns países membros como a França e a Holanda deixou de ter “pernas para andar”.
Alguns perguntam-se se este Tratado é relevante para Europa e para Portugal e se Portugal não ficou a perder com tudo isto.
A resposta para a primeira questão é que é relevante para a Europa porque consegue estabiliza-la depois de uma crise advinda do já referido “fracasso” da Constituição Europeia. Para Portugal também o é, pois faz parte da União e o que é importante para a U.E. é também para Port ugal. Já relativamente ao facto de Portugal ter ou não ficado a perder com este Tratado a resposta é não. Respondo desta forma porque tomando alguma atenção ao que os meios de comunicação vão noticiando e ao que alguns comentadores vão afirmando é possível verificar que este Tratado só trouxe benefícios para o país.
Desde já afirmo que o facto de Portugal ter perdido dois deputados no Parlamento Europeu não resulta deste Tratado mas da abertura da U.E. a 27 membros e da possibilidade de adesão da Croácia. Posto, isto para aqueles que duvidam do benefício deste Tratado para Portugal tomando por ponto de partida este argumento (redução de deputados) o seu ponto de vista deixa de ter validade.
Mas esta é só uma razão para não considerarmos o Tratado algo negativo. Para o considerarmos positivo para os interesses portugueses é possível salientar o facto de o nome do Tratado ser “Tratado de Lisboa” o que levará a que o nome da capital do nosso país seja falada lá fora e de certa forma Portugal seja propagandeado (fiquei surpreendido pelo facto de este tratado não tivesse sido negociado e chamado de Tratado do Porto. O que afirmo será perceptível para quem leu o meu primeiro texto neste blogue).
Para além do que afirmei anteriormente devo ainda salientar o facto de se ter chegado a acordo sobre este Tratado com um Presidente da Comissão Europeia português que juntamente com o Primeiro-Ministro colaborou para o resultado final. A importância deste Tratado pode ser traduzida pelas palavras do já referido Primeiro-Ministro “Porreiro pá, porreiro”, o que demonstra o contentamento geral e a já referida importância.
Para finalizar este texto relativo ao Tratado de Lisboa deixo aqui a bandeira de Portugal e em jeito de despedida a bandeira da U.E. que deixará de ser utilizada como símbolo europeu.
Maddieismo
Maddie... o nome que deixou de ser de uma criança e que agora é de um movimento, de uma verdadeira novela. Tantas foram as crianças desaparecidas em Portugal e o mediatismo não foi/ é comparavel, o factor decisivo? a nacionalidade. Parece que dividimos a Europa por classes, nomeadamente a elite inglesa e a plebe portuguesa. e como boa plebe que somos qualquer um dá a sua avaliação do caso, movimentados na esmagadora maioria, pela imprensa, que dispara hipoteses consuante sua vontade. " Foi a mãe", "Afinal o Pai ja não é Pai" , "Amigos da familia investigados".
Enfim, pegando numa opinião por mim escutada, acho que se falou pouco nos irmãos, cá para mim a Maddie roubou o brinquedo preferido dos gémeos e quando estes descobriram "fizeram-lhe a folha". Já que ouvem toda a gente oiçam-me a mim também, os gémeos são arguidos! Bem, depois de mais esta opinião tou para ver a capa do 24 horas amanha...
Falando um pouco mais a sério, boas investigações travam-se no bom do silencio, não no noticiar constante de hipoteses. Que a imprensa deixe Maddie, mas que o mundo não a esqueça.
Enfim, pegando numa opinião por mim escutada, acho que se falou pouco nos irmãos, cá para mim a Maddie roubou o brinquedo preferido dos gémeos e quando estes descobriram "fizeram-lhe a folha". Já que ouvem toda a gente oiçam-me a mim também, os gémeos são arguidos! Bem, depois de mais esta opinião tou para ver a capa do 24 horas amanha...
Falando um pouco mais a sério, boas investigações travam-se no bom do silencio, não no noticiar constante de hipoteses. Que a imprensa deixe Maddie, mas que o mundo não a esqueça.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
A luz que assombrou o sonho
Caros leitores, antes de mais uma nota prévia; o assunto é controverso, e as opiniões sobre ele infinitas, portanto todo este artigo trata uma opinião e não uma desacreditação religiosa ou espiritual.
Deus, centro do mundo, centro dos problemas, centro de muitas religiões, centro da vida... ocupa sem dúvida um papel central quer esse papel positivo ou não. Muitos dão-lhe o papel de monitor da vida, uns outros ignoram, outros criticam. Assumo que esta figura foi criada devido ao facto da humanidade precisar de um ser que lhes seja superior, um governo fictício ao qual poderemos sempre suplicar por ajuda nos momentos de maior dificuldade e ao qual atribuimos o feito quando não encontramos uma explicação lógica...enfim surgiu por necessidade.Necessidade esta que se pagou, que se pága e se pagará muito cara.
É fácil recordar as guerras e conflitos que se originaram devido a diferenças entre religiões... e não há fim à vista. Será que podemos considerar este fruto da imaginação humana uma "doença"? Não sei, talvez. Se assim for a verdade é que não há cura, e toda uma raça acabaria por cair catastroficamente na destruição, nem mesmo um homem de poder colossal conseguiria impedir o inevitável não é tempo de heróis, é tempo de união, lógica...inteligência. Pela supremacia de uma religião o homem deixou de temer a morte, o facto de inúmeras pessoas serem assassinadas diariamente em todo o mundo tornou-se tão comum como o nascimento de outras tantas criaturas. Por isso apareceu a escravidão, a selvajaria que ultrupassam o horror de morrer, isto só pode ser combatido com mais derramamento de sangue, e o ciclo nunca acaba.
Solução? Não sei, não vejo, talvez eu esteja errado e esteja para vir o messias que nos salvará a todos... talvez tudo acabe, talvez o inexplicável aconteça...e como eu detesto o inexplicável!
Deus, centro do mundo, centro dos problemas, centro de muitas religiões, centro da vida... ocupa sem dúvida um papel central quer esse papel positivo ou não. Muitos dão-lhe o papel de monitor da vida, uns outros ignoram, outros criticam. Assumo que esta figura foi criada devido ao facto da humanidade precisar de um ser que lhes seja superior, um governo fictício ao qual poderemos sempre suplicar por ajuda nos momentos de maior dificuldade e ao qual atribuimos o feito quando não encontramos uma explicação lógica...enfim surgiu por necessidade.Necessidade esta que se pagou, que se pága e se pagará muito cara.
É fácil recordar as guerras e conflitos que se originaram devido a diferenças entre religiões... e não há fim à vista. Será que podemos considerar este fruto da imaginação humana uma "doença"? Não sei, talvez. Se assim for a verdade é que não há cura, e toda uma raça acabaria por cair catastroficamente na destruição, nem mesmo um homem de poder colossal conseguiria impedir o inevitável não é tempo de heróis, é tempo de união, lógica...inteligência. Pela supremacia de uma religião o homem deixou de temer a morte, o facto de inúmeras pessoas serem assassinadas diariamente em todo o mundo tornou-se tão comum como o nascimento de outras tantas criaturas. Por isso apareceu a escravidão, a selvajaria que ultrupassam o horror de morrer, isto só pode ser combatido com mais derramamento de sangue, e o ciclo nunca acaba.
Solução? Não sei, não vejo, talvez eu esteja errado e esteja para vir o messias que nos salvará a todos... talvez tudo acabe, talvez o inexplicável aconteça...e como eu detesto o inexplicável!
O Português
Não são muitas as coisas que dão prazer a um português. Para falar a verdade são mesmos muito poucas. Se estão a pensar em actividades de cariz sexual, cerveja ou uma vitória de Portugal numa grande competição de futebol, "tirem o cavalinho da chuva". As poucas coisas que dão prazer ao verdadeiro português são: tragédias, obras e por fim dar a sua opinião sobre o assunto.
Para começar quando falo em tragédia, pode ser qualquer coisa, desde a morte de uma pessoa, a um acidente ou uma tragédia natural. Tomem por exemplo a triste morte do jogador António Puerta. O jogador morre num dia, e no dia seguinte, os media já tentavam arranjar um caso português, e relembravam o Fehér. Na rádio açoriana, falava-se de um jogador do Santa Clara, que tinha tido um problema cardíaco em criança.
Hoje quando fazia o meu trajecto habitual para casa, após um dia de aulas, começou a notar-se um cheiro a queimado no autocarro, mas não tardou até que um passageiro se dirigisse ao motorista e dissesse: "Desculpe lá, eu não sei se é daqui de dentro ou não, mas está aqui um cheiro a queimado do caneco". O motorista, como pessoa responsável, encostou o autocarro, e foi averiguar qual era o problema. O que é que todos os homens com mais de quarenta anos fizeram? Saíram, foram inspeccionar o autocarro, e dar a sua opinião. O resto da viagem foi passada a ouvir palpites sobre qual seria a razão do cheiro. Aposto que nenhum deles era mecânico ou coisa parecida.
Qual a razão para a maior parte das filas no trânsito em Portugal? Acidentes. Porquê? Porque o português gosta de parar para ver bem todos os pormenores, para mais tarde contar à família e amigos.
Falando agora de obras, já alguém reparou que todas as obras têm uma fila de senhores de idade junto à vedação a verem todo o processo de construção? Também aqui se ouvem trocas de opiniões, desta feita sobre qualquer assunto relacionado com a obra, desde os custos, à beleza ou utilidade. As empresas de construção podiam poupar dinheiro em vedações, substituindo-as por um cordão humano.
Facto curioso, é que qualquer uma destas situações dá lugar a discussão, com toda uma troca de opiniões, algumas chegando mesmo a debate na televisão. Eu quero ver o problema do autocarro da Mafrense a ser discutido no Prós e Contras.
Para começar quando falo em tragédia, pode ser qualquer coisa, desde a morte de uma pessoa, a um acidente ou uma tragédia natural. Tomem por exemplo a triste morte do jogador António Puerta. O jogador morre num dia, e no dia seguinte, os media já tentavam arranjar um caso português, e relembravam o Fehér. Na rádio açoriana, falava-se de um jogador do Santa Clara, que tinha tido um problema cardíaco em criança.
Hoje quando fazia o meu trajecto habitual para casa, após um dia de aulas, começou a notar-se um cheiro a queimado no autocarro, mas não tardou até que um passageiro se dirigisse ao motorista e dissesse: "Desculpe lá, eu não sei se é daqui de dentro ou não, mas está aqui um cheiro a queimado do caneco". O motorista, como pessoa responsável, encostou o autocarro, e foi averiguar qual era o problema. O que é que todos os homens com mais de quarenta anos fizeram? Saíram, foram inspeccionar o autocarro, e dar a sua opinião. O resto da viagem foi passada a ouvir palpites sobre qual seria a razão do cheiro. Aposto que nenhum deles era mecânico ou coisa parecida.
Qual a razão para a maior parte das filas no trânsito em Portugal? Acidentes. Porquê? Porque o português gosta de parar para ver bem todos os pormenores, para mais tarde contar à família e amigos.
Falando agora de obras, já alguém reparou que todas as obras têm uma fila de senhores de idade junto à vedação a verem todo o processo de construção? Também aqui se ouvem trocas de opiniões, desta feita sobre qualquer assunto relacionado com a obra, desde os custos, à beleza ou utilidade. As empresas de construção podiam poupar dinheiro em vedações, substituindo-as por um cordão humano.
Facto curioso, é que qualquer uma destas situações dá lugar a discussão, com toda uma troca de opiniões, algumas chegando mesmo a debate na televisão. Eu quero ver o problema do autocarro da Mafrense a ser discutido no Prós e Contras.
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Caros senhores leitores, dada a recente actividade no blogue, eu não poderia dormir outra noite sem publicar um artigo em referência àquilo que o Apu e o Senhor Doutor publicaram. Por uma questão de coêrencia falar-vos-ei em primeiro lugar do artigo publicado pelo nosso amigo Senhor Doutor.
O meu amigo, terminou o artigo com uma frase digna dos tempos revolucionários em que se inspirava idealismo: “Por isto espero que a conduta das pessoas se altere e comecem a ter consideração por essa figura que não é um “pai” ou uma figura de apoio ou de beneficência, mas algo que nos “ajuda” e merece “ser ajudado”.
Eu não sei em que mundo é que vivemos. Contudo muitas são as observações que gostaria de partilhar convosco no que se refere a este tema.
No meu leigo entender, de todo esse vasto complexo, que a palavra Estado alberga, uma das coisas que o define (num estado democrático) é o facto de ser povo. Ou por outra, o povo ser o Estado. Como queiram. Ora a isto ser verdade, o facto de muitos, hoje verem o “Estado” como um objecto independente não identificado (O.I.N.I.), é em si um forte sinal de que afinal a coisa não está a correr tão bem.
Será importante referir, visto que já percebi que o Senhor Doutor, não o fará. As pessoas já se aperceberam que nesta democracia representativa, pouco é aquilo que podem, ou não, fazer. Por culpa de um circulo vicioso ou não. As elites é que mandam. Deixemo-nos de tretas, o mundo é assim, sempre o foi. Desde sempre também, as elites foram constituidas por quem detém o poder. O poder hoje, reside naqueles com dinheiro.
Em termos práticos isto significa que o povo não vota em quem quer. Mas antes, vota naquele que lhes é dado a escolher. Diferença importante de referir. “Ah, mas se não gostam da escolha candidatem-se também!”. Tudo muito Bonito, só nos estamos a esquecer, que para ganhar umas eleições é necessário que as pessoas votem. Para as pessoas votarem precisam de conhecer o candidato. O candidato para se dar a conhecer, precisa de... Como é que se chama?! DINHEIRO! E onde é que este está? O quê? Nas elites?!
Outro grande problema destas democracias. É a constituição de um pólo de poder entre dois partidos, os chamados catch-all parties. Ou seja, não só o povo é obrigado a escolher de entre candidatos préviamente escolhidos por outros. Mas também daqueles candidatos mais populares, a diferença entre ter um e outro, pouco difere, porque as políticas seguidas por eles serão, no que toca ao zé povinho, idênticas. PS, PSD?
Ao que parece o Estado Democrático. Não é assim tão democrático quanto isso.
O que me leva a concluir que a aparente ausência de consciência “política”; o crescente desinteresse pelos assuntos do Estado, é mais que justificado.
Falemos agora na história dos impostos. Não sei que ideia tem o Senhor Doutor, mas a verdade é que a maioria da população paga os seus impostos. Muitos que não o fazem, são membros constituintes das referidas elites. Ora, a maioria daqueles que se queixam na comunicação social, fazem-no porque no seu entender, apenas têm um contrato com o Estado: pagar-lhe os impostos e este dar-lhe o minimo de condições. O Estado estará portanto em falta. Especialmente se pensarmos no Estado enquanto gestor do país. Ele portou-se mal.
Não vejo, obviamente, qualquer razão para o não “ alheamento do que diz respeito ao Estado”. Antes pelo contrário, ele parece-me cada vez mais justificado.
Peço perdão, já não tenho tempo para me debruçar sobre aquilo que o Apu disse. Fica para uma próxima publicação
Nota: Não creio que o actual sistema seja mau de todo, também não estou a dar razão aos queixosos dos telejornais.
O meu amigo, terminou o artigo com uma frase digna dos tempos revolucionários em que se inspirava idealismo: “Por isto espero que a conduta das pessoas se altere e comecem a ter consideração por essa figura que não é um “pai” ou uma figura de apoio ou de beneficência, mas algo que nos “ajuda” e merece “ser ajudado”.
Eu não sei em que mundo é que vivemos. Contudo muitas são as observações que gostaria de partilhar convosco no que se refere a este tema.
No meu leigo entender, de todo esse vasto complexo, que a palavra Estado alberga, uma das coisas que o define (num estado democrático) é o facto de ser povo. Ou por outra, o povo ser o Estado. Como queiram. Ora a isto ser verdade, o facto de muitos, hoje verem o “Estado” como um objecto independente não identificado (O.I.N.I.), é em si um forte sinal de que afinal a coisa não está a correr tão bem.
Será importante referir, visto que já percebi que o Senhor Doutor, não o fará. As pessoas já se aperceberam que nesta democracia representativa, pouco é aquilo que podem, ou não, fazer. Por culpa de um circulo vicioso ou não. As elites é que mandam. Deixemo-nos de tretas, o mundo é assim, sempre o foi. Desde sempre também, as elites foram constituidas por quem detém o poder. O poder hoje, reside naqueles com dinheiro.
Em termos práticos isto significa que o povo não vota em quem quer. Mas antes, vota naquele que lhes é dado a escolher. Diferença importante de referir. “Ah, mas se não gostam da escolha candidatem-se também!”. Tudo muito Bonito, só nos estamos a esquecer, que para ganhar umas eleições é necessário que as pessoas votem. Para as pessoas votarem precisam de conhecer o candidato. O candidato para se dar a conhecer, precisa de... Como é que se chama?! DINHEIRO! E onde é que este está? O quê? Nas elites?!
Outro grande problema destas democracias. É a constituição de um pólo de poder entre dois partidos, os chamados catch-all parties. Ou seja, não só o povo é obrigado a escolher de entre candidatos préviamente escolhidos por outros. Mas também daqueles candidatos mais populares, a diferença entre ter um e outro, pouco difere, porque as políticas seguidas por eles serão, no que toca ao zé povinho, idênticas. PS, PSD?
Ao que parece o Estado Democrático. Não é assim tão democrático quanto isso.
O que me leva a concluir que a aparente ausência de consciência “política”; o crescente desinteresse pelos assuntos do Estado, é mais que justificado.
Falemos agora na história dos impostos. Não sei que ideia tem o Senhor Doutor, mas a verdade é que a maioria da população paga os seus impostos. Muitos que não o fazem, são membros constituintes das referidas elites. Ora, a maioria daqueles que se queixam na comunicação social, fazem-no porque no seu entender, apenas têm um contrato com o Estado: pagar-lhe os impostos e este dar-lhe o minimo de condições. O Estado estará portanto em falta. Especialmente se pensarmos no Estado enquanto gestor do país. Ele portou-se mal.
Não vejo, obviamente, qualquer razão para o não “ alheamento do que diz respeito ao Estado”. Antes pelo contrário, ele parece-me cada vez mais justificado.
Peço perdão, já não tenho tempo para me debruçar sobre aquilo que o Apu disse. Fica para uma próxima publicação
Nota: Não creio que o actual sistema seja mau de todo, também não estou a dar razão aos queixosos dos telejornais.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Manifestações...
Boa noite!
Caros amigos e cidadãos desta bela República Portuguesa, hoje fui presenteado com uma convocação para aquela que poderá ser a manifestação mais ridícula na história da nossa democracia. Eu sei que a minha opinião irá gerar controvérsia mesmo com os meus colegas do blogue, mas é com discussões saudáveis que o ser humano intelectual evolui.
Estava eu a entrar para o grande ISCTE, quando me entregam uma convocatória para uma manifestação dia 18 deste mês contra: as propinas, Bolonha, os empréstimos e as fundações.
Os argumentos contra as propinas não existiam, o que é estranho mas a ideia que fica do resto do panfleto, é que supostamente o elevado preço das propinas, vai contra a Constituição Portuguesa, ao impedir os alunos de frequentar o ensino superior. Meus amigos, segundo a legislação actual, o ensino obrigatório é só até ao 9º ano, desta forma só vai para a universidade quem quer, nada vos obriga! Querem acabar com as propinas e depois quem é que paga para vocês lá estudarem? O Estado!? Ora, se o Estado nem tem dinheiro para mandar cantar um mudo, vai ter de ir buscar fundos a algum lado, que inevitavelmente será com uma subida nos impostos. Agora pensem se é mesmo isso que querem!
Passando agora ao ponto em que são contra o processo de Bolonha, o argumento dado é que os mestrados são muito caros. Até parece que antes eram baratos, e mais uma vez só tira um mestrado quem quer! E agora um exemplo do que Bolonha nos pode dar. No passado tive de ir fazer pela vida no estrangeiro, em Bruxelas. Nesta altura ainda não havia Bolonha, e a minha irmã queria ir para lá estudar medicina. Acontece, que não pôde ir porque depois não lhe davam equivalências para acabar o curso cá. Hoje em dia com Bolonha ela já podia estudar lá e depois acabar o curso cá. Bolonha é um projecto a longo prazo, não esperem resultados imediatos!
O terceiro ponto ia contra os empréstimos agora existentes para os estudantes universitários pagarem a sua educação, dizendo que o ensino público devia ser gratuito e para todos. Mais uma vez, o ensino público não é obrigatório. Os empréstimos têm uma flexibilidade que permite aos jovens conseguirem fundos para pagar a sua educação não obrigatória. São uma das poucas medidas positivas deste Governo!
Por ultimo "refilavam", contra a gestão das universidades por parte de fundações privadas, argumentado que estas só se preocupam com o lucro e não com a qualidade do ensino e os alunos. Meus amigos economicamente, as privatizações iram aumentar a concorrências entre as diversas universidades. Para as ditas fundações conseguirem obter lucro, terão de se diferenciar da concorrência. Como é que elas conseguem essa diferenciação? Através da oferta de uma educação de qualidade.
Para encerrar este assunto, pensem duas vezes antes de convocar uma manifestação.
Mudando completamente o tema com uma volta de "360º", parabéns a Portugal e parabéns ao Makukula.
Caros amigos e cidadãos desta bela República Portuguesa, hoje fui presenteado com uma convocação para aquela que poderá ser a manifestação mais ridícula na história da nossa democracia. Eu sei que a minha opinião irá gerar controvérsia mesmo com os meus colegas do blogue, mas é com discussões saudáveis que o ser humano intelectual evolui.
Estava eu a entrar para o grande ISCTE, quando me entregam uma convocatória para uma manifestação dia 18 deste mês contra: as propinas, Bolonha, os empréstimos e as fundações.
Os argumentos contra as propinas não existiam, o que é estranho mas a ideia que fica do resto do panfleto, é que supostamente o elevado preço das propinas, vai contra a Constituição Portuguesa, ao impedir os alunos de frequentar o ensino superior. Meus amigos, segundo a legislação actual, o ensino obrigatório é só até ao 9º ano, desta forma só vai para a universidade quem quer, nada vos obriga! Querem acabar com as propinas e depois quem é que paga para vocês lá estudarem? O Estado!? Ora, se o Estado nem tem dinheiro para mandar cantar um mudo, vai ter de ir buscar fundos a algum lado, que inevitavelmente será com uma subida nos impostos. Agora pensem se é mesmo isso que querem!
Passando agora ao ponto em que são contra o processo de Bolonha, o argumento dado é que os mestrados são muito caros. Até parece que antes eram baratos, e mais uma vez só tira um mestrado quem quer! E agora um exemplo do que Bolonha nos pode dar. No passado tive de ir fazer pela vida no estrangeiro, em Bruxelas. Nesta altura ainda não havia Bolonha, e a minha irmã queria ir para lá estudar medicina. Acontece, que não pôde ir porque depois não lhe davam equivalências para acabar o curso cá. Hoje em dia com Bolonha ela já podia estudar lá e depois acabar o curso cá. Bolonha é um projecto a longo prazo, não esperem resultados imediatos!
O terceiro ponto ia contra os empréstimos agora existentes para os estudantes universitários pagarem a sua educação, dizendo que o ensino público devia ser gratuito e para todos. Mais uma vez, o ensino público não é obrigatório. Os empréstimos têm uma flexibilidade que permite aos jovens conseguirem fundos para pagar a sua educação não obrigatória. São uma das poucas medidas positivas deste Governo!
Por ultimo "refilavam", contra a gestão das universidades por parte de fundações privadas, argumentado que estas só se preocupam com o lucro e não com a qualidade do ensino e os alunos. Meus amigos economicamente, as privatizações iram aumentar a concorrências entre as diversas universidades. Para as ditas fundações conseguirem obter lucro, terão de se diferenciar da concorrência. Como é que elas conseguem essa diferenciação? Através da oferta de uma educação de qualidade.
Para encerrar este assunto, pensem duas vezes antes de convocar uma manifestação.
Mudando completamente o tema com uma volta de "360º", parabéns a Portugal e parabéns ao Makukula.
O Estado em que vivemos.
Tenho por hábito o visionamento de noticiários principalmente no canal público sendo que por vezes também vejo os dos outros canais privados. Faço-o porque tenho a necessidade de estar informado das notícias nacionais e internacionais. Por vezes a qualidade dos noticiários é discutível mas não é esse o assunto de que vou tratar neste texto.
O assunto sobre o qual vou escrever é o Estado, mas não, não vou fazer longas dissertações acerca do mesmo nem escrever sobre todas as noções que um ou outro autor defendem acerca do mesmo. Comecei por referir os noticiários porque de facto importa colocar esta questão: Quantas vezes até o mais desinteressado telespectador (acerca do noticiário) já foi bombardeado com queixas de pessoas acerca do Estado e os benefícios e regalias que este “deve” a essas pessoas? A resposta é muitas, mas muitas mesmo.
Deparo-me com frequência com notícias acerca de cidadãos que se queixam do Estado por este não lhes dar uma “casinha” ou um subsídio ou outro benefício qualquer. Porém, são alguns desses cidadãos os primeiros a fugir aos impostos ou fisco, a não votar ou a atirar lixo para o chão.
Mas que moral tem aquele que foge aos impostos para se queixar do Estado? O Estado são as pessoas e se nós não contribuímos para este, o mesmo não nos pode ajudar e contribuir para uma melhoria da qualidade de vida de todos nós, o bem estar social. O Estado existe para as pessoas mas as pessoas também têm que fazer um esforço para o Estado existir. Não falo de um Estado totalitário usurpador de direitos mas também não falo de um Estado facilitador a todos os níveis que não merece qualquer respeito, que apenas serve as pessoas. A verdade é que estamos numa fase em que o Estado social ou o Estado providência está a desaparecer. Contudo ainda existe uma preocupação social por parte do Estado e para o manter é necessário o esforço de todos.
Há pouco falei de abstenção das pessoas. Esta tem estado a níveis bastante elevados o que demonstra a o desinteresse das pessoas pelo Estado ou pelo conhecimento sobre quais serão os órgãos políticos que as irão governar. Tomemos por exemplo as mais recentes eleições para a Presidência da Câmara de Lisboa para a qual existiam muitos candidatos. Apesar disso a abstenção foi elevada. Os que não votaram arranjaram inúmeros motivos para não votar mas de facto um dos factores que mais pesou foi o desinteresse por parte das pessoas pelo Estado. Também falei de outra demonstração de desinteresse pelo Estado, o acto de atirar de lixo para o chão. Os que o fazem são dos primeiros a criticar a Autarquia ou o Estado por não limpar as ruas.
Tudo isto é exemplo do que tenho referido como alheamento do que diz respeito ao Estado.
Por isto espero que a conduta das pessoas se altere e comecem a ter consideração por essa figura que não é um “pai” ou uma figura de apoio ou de beneficência, mas algo que nos “ajuda” e merece “ser ajudado”.
O assunto sobre o qual vou escrever é o Estado, mas não, não vou fazer longas dissertações acerca do mesmo nem escrever sobre todas as noções que um ou outro autor defendem acerca do mesmo. Comecei por referir os noticiários porque de facto importa colocar esta questão: Quantas vezes até o mais desinteressado telespectador (acerca do noticiário) já foi bombardeado com queixas de pessoas acerca do Estado e os benefícios e regalias que este “deve” a essas pessoas? A resposta é muitas, mas muitas mesmo.
Deparo-me com frequência com notícias acerca de cidadãos que se queixam do Estado por este não lhes dar uma “casinha” ou um subsídio ou outro benefício qualquer. Porém, são alguns desses cidadãos os primeiros a fugir aos impostos ou fisco, a não votar ou a atirar lixo para o chão.
Mas que moral tem aquele que foge aos impostos para se queixar do Estado? O Estado são as pessoas e se nós não contribuímos para este, o mesmo não nos pode ajudar e contribuir para uma melhoria da qualidade de vida de todos nós, o bem estar social. O Estado existe para as pessoas mas as pessoas também têm que fazer um esforço para o Estado existir. Não falo de um Estado totalitário usurpador de direitos mas também não falo de um Estado facilitador a todos os níveis que não merece qualquer respeito, que apenas serve as pessoas. A verdade é que estamos numa fase em que o Estado social ou o Estado providência está a desaparecer. Contudo ainda existe uma preocupação social por parte do Estado e para o manter é necessário o esforço de todos.
Há pouco falei de abstenção das pessoas. Esta tem estado a níveis bastante elevados o que demonstra a o desinteresse das pessoas pelo Estado ou pelo conhecimento sobre quais serão os órgãos políticos que as irão governar. Tomemos por exemplo as mais recentes eleições para a Presidência da Câmara de Lisboa para a qual existiam muitos candidatos. Apesar disso a abstenção foi elevada. Os que não votaram arranjaram inúmeros motivos para não votar mas de facto um dos factores que mais pesou foi o desinteresse por parte das pessoas pelo Estado. Também falei de outra demonstração de desinteresse pelo Estado, o acto de atirar de lixo para o chão. Os que o fazem são dos primeiros a criticar a Autarquia ou o Estado por não limpar as ruas.
Tudo isto é exemplo do que tenho referido como alheamento do que diz respeito ao Estado.
Por isto espero que a conduta das pessoas se altere e comecem a ter consideração por essa figura que não é um “pai” ou uma figura de apoio ou de beneficência, mas algo que nos “ajuda” e merece “ser ajudado”.
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Habemus blogue!
Agora sim! Já todos nós, excelenticissmos contribuidores deste blogue, publicámos. Agora é que vão ser elas! Vamos começar a escrever, a debater, reflectir e sentir (“o quê?!” - coisas). Agora, que nos consagrámos seres pensantes e produtores de aglomerados de letras que originam palavras cuja associação já dá indicios de se assemelhar a um texto, podemos sim, ter um blogue fascinante. Agora que já dei um uso exaustivo aos pontos de exlamação, em jeito de quem irradia felicidade, alegria e entusiasmo, vamos falar de coisas sérias.
“In order to remain human, one must take sides.”
Esta frase, ou algo que muito se lhe assemelha, ficou-me gravada na memória. Tirada do Quiet American de Graham Green que li no secundário. Muito bom livro, embora não o quisesse admitir. Afinal de contas, nenhum estudante de secundário pode gostar de um livro que foi obrigado a ler, ainda por cima aos bocados e em conjunto com a turma; muito menos, quando o livro em questão foi analisado até a exaustão por ser matéria de exame.
Felizmente, os tempos são outros. Pensando bem, o livro até era bom, e a frase até nem é assim tão idiota. Passemos ao que interessa. A razão que me fez lembrar esta frase foi o re-descoberto debate em torno da guerra: colonial, ultramarina ou de libertação, a escolha do nome fica ao gosto do freguês.
Passo a explicar. Graças à emissão do prós e contras de ontem, hoje [para além de muita gente ter sono. Sim! Não percebo a razão para um dos melhores (mais razoáveis? Menos terriveis?) programas da televisão portuguesa ser sempre difundindo às quinhentas da noite] não faltaram aqueles que à mesa do café debateram o assunto. O que me levou a escrever este texto, não foi o facto da guerra ter sido justa ou injusta, nem como deverá ser chamada, nem a forma como são tratados os veteranos, nem mesmo o estado dos cemitérios militares. Isso são problemas das gerações anteriores. O que vim aqui salientar é a falta de tolerância de que padece a nossa sociedade. Padecemos dum mal que mais não é que não sermos capazes de ouvir o outro. Basta uma pessoa discordar do nosso ponto de vista que nos agarramos ao nosso, como se da nossa honra se tratasse, e em vez de debatermos, insultamo-nos uns aos outros.
Tudo bem, temos que à la longue tomar partido num conflito. Mesmo que não activamente, mesmo que o conflito nada tenha a haver connosco. Mas há que não dar azo a exageros, nem tomar partido porque sim, nem ser incapaz de ouvir o próximo. Quanto mais não seja quando o tema em questão já está algo distanciado no tempo.
“In order to remain human, one must take sides.”
Esta frase, ou algo que muito se lhe assemelha, ficou-me gravada na memória. Tirada do Quiet American de Graham Green que li no secundário. Muito bom livro, embora não o quisesse admitir. Afinal de contas, nenhum estudante de secundário pode gostar de um livro que foi obrigado a ler, ainda por cima aos bocados e em conjunto com a turma; muito menos, quando o livro em questão foi analisado até a exaustão por ser matéria de exame.
Felizmente, os tempos são outros. Pensando bem, o livro até era bom, e a frase até nem é assim tão idiota. Passemos ao que interessa. A razão que me fez lembrar esta frase foi o re-descoberto debate em torno da guerra: colonial, ultramarina ou de libertação, a escolha do nome fica ao gosto do freguês.
Passo a explicar. Graças à emissão do prós e contras de ontem, hoje [para além de muita gente ter sono. Sim! Não percebo a razão para um dos melhores (mais razoáveis? Menos terriveis?) programas da televisão portuguesa ser sempre difundindo às quinhentas da noite] não faltaram aqueles que à mesa do café debateram o assunto. O que me levou a escrever este texto, não foi o facto da guerra ter sido justa ou injusta, nem como deverá ser chamada, nem a forma como são tratados os veteranos, nem mesmo o estado dos cemitérios militares. Isso são problemas das gerações anteriores. O que vim aqui salientar é a falta de tolerância de que padece a nossa sociedade. Padecemos dum mal que mais não é que não sermos capazes de ouvir o outro. Basta uma pessoa discordar do nosso ponto de vista que nos agarramos ao nosso, como se da nossa honra se tratasse, e em vez de debatermos, insultamo-nos uns aos outros.
Tudo bem, temos que à la longue tomar partido num conflito. Mesmo que não activamente, mesmo que o conflito nada tenha a haver connosco. Mas há que não dar azo a exageros, nem tomar partido porque sim, nem ser incapaz de ouvir o próximo. Quanto mais não seja quando o tema em questão já está algo distanciado no tempo.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Completamente improvisado
Começo esta redacção literariamente fascinante por dizer ao meu colega com um nome esquisito que isto sim é um texto verdadeiramente ao improviso daí que no final seja provavel que não faça sentido nenhum, não passando de divagações tristemente parvas.
Para começar peço desculpa aos meus ávidos leitores, por um erro imperdoável. Não há anjos com nomes femininos, logo eles ou são imortais (o mais provavel) ou então temos um fenómeno complicado de explicar. Talvez o Arnaldo Schwarzenegger saiba como é que o processo se dá. Os meus fãs são tantos que teve de ser a minha mãe a apontar a incoerência do meu argumento.
Para mudar de tema vou apanhar a onda do meu colega que falou sobre a sua manhã para falar também sobre algumas experiencias minhas. Porque será que certas pessoas podem ter o autocarro practicamente vazio, só lá estou eu e mais uns quantos ou quantas tótós, mas insistem em sentar-se num lugar ao lado de outra pessoa? Será que a solidão é assim tão assustadora para essas pessoas não poderem passar uns míseros minutos sozinhas num autocarro? Como se isso não fosse o suficiente, ainda têm de começar a falar, ou então se eu não retiro a mochila do banco e faço um sorriso amarelo para se sentarem vão-se sentar ao lado de outra pessoa e depois começam: "Estes rapazes... malcriadão não sabe tirar a mala do banco para uma pessoa se sentar". Para essas pessoas, as minhas mais sinceras desculpas, mas, o cheiro a pessoa idosa, peixe ou odor corporal, não se dá muito bem com o meu nariz. Outro tipo de pessoa que pode ser irritante no autocarro é aquela pita histérica que encontra uma amiga e começam a tagarelar com um volume suficientemente alto para toda a gente as ouvir, e eu que quero dormir tenho de me resignar a pensar sobre a maneira mais divertida ou cruel de as fazer calar.
Quero agora falar sobre os graves problemas existentes na banda de Mafra. Estava eu muito bem no meu lugar do autocarro com um olho aberto e outro fechado a ver se dormitava enquanto ouvia musica, quando ouvi uma discussão mais em jeito de monólogo, suficientemente boa para me fazer desligar o mp3. Então não é que a banda de Mafra é mal gerida. Parece que há por lá trocas de favores, jogos de poder, em que uns elementos são privilegiados em relação a outros só porque têm contactos com os directores da banda. A coitada da rapariga do autocarro anda a ser desprezada e posta de parte, depois de ter faltado a alguns concertos, mesmo tendo em conta que torceu um pé e deslocou uma costela. Isto assim não pode ser... E o pior é que a rapariga que lhe roubou o lugar é má no clarinete, segundo a menina do autocarro, " ela até pode ser boa no saxofone, mas não sabe nada do clarinete". Parece também que como não gosta do seu instrumento que até dizem ser de qualidade, anda a pedir emprestado o clarinete aos seus colegas. Algo de errado se passa na banda.
Vou fazer agora aquela comparação que eu queria evitar, dado que toda a gente a faz, mas que eu não consigo evitar. Selecção de rugby vs Selecção de futebol. Não, não vou falar da choradeira durante o Hino. Para começar quero destacar a falta de profissionalismo dos nossos jogadores de futebol. Num jogo de rugby entre uma equipa de top como a Nova Zelândia e uma equipa humilde como Portugal, nós vimos os jogadores dos All Blacks, por respeito para com o adversário, jogarem a todo o gás, marcando os ensaios que lhes apareciam à frente. Um jogo com a mesma diferença de potencial entre as equipas, como foi o caso do recente Portugal Azerbaijão, nós vimos os jogadores da nossa equipa arrastarem-se pelo campo, e o comentador todo orgulhoso diz que Portugal até joga em ritmo de treino, porque é o suficiente. Meus amigos esta falta de profissionalismo deixa-me fora de mim! Como o jogo já tava a ser mesmo divertido, o senhor comentador da televisão do Estado ainda teve que começar com as suas biografias de todos os jogadores em campo. Coisas do género, o jogador (cujo nome eu não me recordo) é dos mais célebres no Azerbaijão, já jogou em Israel (num clube que eu não me recordo) e é também internacional. Desculpem-me a linguagem, fo**-se, se ele está em campo a jogar pela selecção do Azerbaijão é provável que ele seja um jogador internacional, e é também provável que seja internacional pelo Azerbeijão.
Falando agora sobre aquele jogador que eu adoro, o jovem "Cristiano Reinaldo", tem agora um anúncio para uma instituição bancária, cuja sigla começa num B tem um E no meio e acaba com um S, em que diz que se não sair da cama não rende. Avaliando a performance dele no jogo em que não fez mais nada a não ser arrastar-se pelo campo e tentar fintinhas e remates, no campo ele não rende muito, e segundo as meninas da vida inglesas, que aceitam multibanco, ele na cama também não rende muito, por isso a vida podia ser melhor para o dito jogador. O menino faz um par tão bonito com a Floribela, o bimbo e a pimba.
Bem já falei do sexo dos Anjos, da banda de Mafra, do rugby e do Reinaldo, mais um bocado isto segue mesmo o caminho do descalabro e começo também a falar sobre a Maddie.
Thank you come again!
Para começar peço desculpa aos meus ávidos leitores, por um erro imperdoável. Não há anjos com nomes femininos, logo eles ou são imortais (o mais provavel) ou então temos um fenómeno complicado de explicar. Talvez o Arnaldo Schwarzenegger saiba como é que o processo se dá. Os meus fãs são tantos que teve de ser a minha mãe a apontar a incoerência do meu argumento.
Para mudar de tema vou apanhar a onda do meu colega que falou sobre a sua manhã para falar também sobre algumas experiencias minhas. Porque será que certas pessoas podem ter o autocarro practicamente vazio, só lá estou eu e mais uns quantos ou quantas tótós, mas insistem em sentar-se num lugar ao lado de outra pessoa? Será que a solidão é assim tão assustadora para essas pessoas não poderem passar uns míseros minutos sozinhas num autocarro? Como se isso não fosse o suficiente, ainda têm de começar a falar, ou então se eu não retiro a mochila do banco e faço um sorriso amarelo para se sentarem vão-se sentar ao lado de outra pessoa e depois começam: "Estes rapazes... malcriadão não sabe tirar a mala do banco para uma pessoa se sentar". Para essas pessoas, as minhas mais sinceras desculpas, mas, o cheiro a pessoa idosa, peixe ou odor corporal, não se dá muito bem com o meu nariz. Outro tipo de pessoa que pode ser irritante no autocarro é aquela pita histérica que encontra uma amiga e começam a tagarelar com um volume suficientemente alto para toda a gente as ouvir, e eu que quero dormir tenho de me resignar a pensar sobre a maneira mais divertida ou cruel de as fazer calar.
Quero agora falar sobre os graves problemas existentes na banda de Mafra. Estava eu muito bem no meu lugar do autocarro com um olho aberto e outro fechado a ver se dormitava enquanto ouvia musica, quando ouvi uma discussão mais em jeito de monólogo, suficientemente boa para me fazer desligar o mp3. Então não é que a banda de Mafra é mal gerida. Parece que há por lá trocas de favores, jogos de poder, em que uns elementos são privilegiados em relação a outros só porque têm contactos com os directores da banda. A coitada da rapariga do autocarro anda a ser desprezada e posta de parte, depois de ter faltado a alguns concertos, mesmo tendo em conta que torceu um pé e deslocou uma costela. Isto assim não pode ser... E o pior é que a rapariga que lhe roubou o lugar é má no clarinete, segundo a menina do autocarro, " ela até pode ser boa no saxofone, mas não sabe nada do clarinete". Parece também que como não gosta do seu instrumento que até dizem ser de qualidade, anda a pedir emprestado o clarinete aos seus colegas. Algo de errado se passa na banda.
Vou fazer agora aquela comparação que eu queria evitar, dado que toda a gente a faz, mas que eu não consigo evitar. Selecção de rugby vs Selecção de futebol. Não, não vou falar da choradeira durante o Hino. Para começar quero destacar a falta de profissionalismo dos nossos jogadores de futebol. Num jogo de rugby entre uma equipa de top como a Nova Zelândia e uma equipa humilde como Portugal, nós vimos os jogadores dos All Blacks, por respeito para com o adversário, jogarem a todo o gás, marcando os ensaios que lhes apareciam à frente. Um jogo com a mesma diferença de potencial entre as equipas, como foi o caso do recente Portugal Azerbaijão, nós vimos os jogadores da nossa equipa arrastarem-se pelo campo, e o comentador todo orgulhoso diz que Portugal até joga em ritmo de treino, porque é o suficiente. Meus amigos esta falta de profissionalismo deixa-me fora de mim! Como o jogo já tava a ser mesmo divertido, o senhor comentador da televisão do Estado ainda teve que começar com as suas biografias de todos os jogadores em campo. Coisas do género, o jogador (cujo nome eu não me recordo) é dos mais célebres no Azerbaijão, já jogou em Israel (num clube que eu não me recordo) e é também internacional. Desculpem-me a linguagem, fo**-se, se ele está em campo a jogar pela selecção do Azerbaijão é provável que ele seja um jogador internacional, e é também provável que seja internacional pelo Azerbeijão.
Falando agora sobre aquele jogador que eu adoro, o jovem "Cristiano Reinaldo", tem agora um anúncio para uma instituição bancária, cuja sigla começa num B tem um E no meio e acaba com um S, em que diz que se não sair da cama não rende. Avaliando a performance dele no jogo em que não fez mais nada a não ser arrastar-se pelo campo e tentar fintinhas e remates, no campo ele não rende muito, e segundo as meninas da vida inglesas, que aceitam multibanco, ele na cama também não rende muito, por isso a vida podia ser melhor para o dito jogador. O menino faz um par tão bonito com a Floribela, o bimbo e a pimba.
Bem já falei do sexo dos Anjos, da banda de Mafra, do rugby e do Reinaldo, mais um bocado isto segue mesmo o caminho do descalabro e começo também a falar sobre a Maddie.
Thank you come again!
o mercado do pao com chocolate
Quem é fan dos pães com chocolate (como eu) e o consome quase todos os dias, certamente é sensível ao aumento preço de tal produto.
Na faculdade, os bares vendem-no e quem sonha com ele logo de manha nas aulas teóricas depois de um pequeno almoço que se resume a um actimel e uma maça durante longa (???)e interminável viagem de casa ate a estacão de comboio logo as 6 e meia da manha, mal esteja na pausa de 15 minutos entre as aulas, vai directinho ao bar comprar algo que nunca pode comprar nos seus tempos de escola: um maravilhoso e delicioso pão com chocolate.
Pomo-nos na fila e tentamos adivinhar o preço: ora um pão com chocolate não e complicado de se fazer nem as matérias primas são caras ou difíceis de obter, logo, logicamente o pão não deve custar mais de 70 cêntimos digo eu, mas por outro lado, continuamos na era em que ir ao café e uma actividade social e um local de encontro “ O que fazemos hoje?” “ Bora ao café?”. E uma resposta óbvia e automática praticamente ou então o café e o local onde nos dirigimos quando não temos mais ideias (e quando não nos apetece pensar muito para ter outra ideia como nos acontece tão frequentemente). Ora acontece muito simplesmente que os cafés sabem desse nosso hábito. Pralem de fazerem um estudo de mercado sobre o lugar ideal (os cafés ao pé da praia são sempre tão caros) tem também algumas noções de sociologia e sabem com razão que certos produtos como o pastel de nata, ou o café ou no meu caso o pão com chocolate não deixam de ser vendidos se o preço aumentar ligeiramente.
Voltando ao momento em que estou na fila no bar da minha faculdade. Espero e olho para os outros pasteis e para os pratos do dia (curiosamente há sempre alguém a almoçar as 11 da manha) e finalmente chego a caixa e lá peço o meu pão com chocolate. Quando a senhora me diz “ São 86 cêntimos” não consigo evitar de pensar o caro que é (vamos lá converter isso em pastilhas) e de como é um número quase ridículo para um pão com chocolate. Tirando o facto de ser caro e que devia ser menos (aposto que e o que dizem todos os fans de pão com chocolate) esse 6 é parvo e só serve para eu me livrar daquelas moedas insignificantes que tantas vezes vejo no chão sem nunca ninguém as apanhar e que daqui a uns anos nem terão valor legal. Porque 86? Já nem digo 50 cêntimos (o preço do meu kinder bueno quase diário também), mas porque não 80? 85? Seria muito melhor para nos, os consumidores e acredito que para a senhora da caixa também daria muito jeito pois eu para me vingar (se bem que ela não tem culpa nenhuma e acreditem eu sei disso) pago-lhe mesmo em moedinhas de 2 e 5 cêntimos.
Enfim, tudo isto para protestar contra o absurdo do preço do pão com chocolate e no ridículo que é eu ter que procurar 6 cêntimos na minha carteira e chegar ao ponto de dizer a senhora “falta-me um cêntimo”.
Na faculdade, os bares vendem-no e quem sonha com ele logo de manha nas aulas teóricas depois de um pequeno almoço que se resume a um actimel e uma maça durante longa (???)e interminável viagem de casa ate a estacão de comboio logo as 6 e meia da manha, mal esteja na pausa de 15 minutos entre as aulas, vai directinho ao bar comprar algo que nunca pode comprar nos seus tempos de escola: um maravilhoso e delicioso pão com chocolate.
Pomo-nos na fila e tentamos adivinhar o preço: ora um pão com chocolate não e complicado de se fazer nem as matérias primas são caras ou difíceis de obter, logo, logicamente o pão não deve custar mais de 70 cêntimos digo eu, mas por outro lado, continuamos na era em que ir ao café e uma actividade social e um local de encontro “ O que fazemos hoje?” “ Bora ao café?”. E uma resposta óbvia e automática praticamente ou então o café e o local onde nos dirigimos quando não temos mais ideias (e quando não nos apetece pensar muito para ter outra ideia como nos acontece tão frequentemente). Ora acontece muito simplesmente que os cafés sabem desse nosso hábito. Pralem de fazerem um estudo de mercado sobre o lugar ideal (os cafés ao pé da praia são sempre tão caros) tem também algumas noções de sociologia e sabem com razão que certos produtos como o pastel de nata, ou o café ou no meu caso o pão com chocolate não deixam de ser vendidos se o preço aumentar ligeiramente.
Voltando ao momento em que estou na fila no bar da minha faculdade. Espero e olho para os outros pasteis e para os pratos do dia (curiosamente há sempre alguém a almoçar as 11 da manha) e finalmente chego a caixa e lá peço o meu pão com chocolate. Quando a senhora me diz “ São 86 cêntimos” não consigo evitar de pensar o caro que é (vamos lá converter isso em pastilhas) e de como é um número quase ridículo para um pão com chocolate. Tirando o facto de ser caro e que devia ser menos (aposto que e o que dizem todos os fans de pão com chocolate) esse 6 é parvo e só serve para eu me livrar daquelas moedas insignificantes que tantas vezes vejo no chão sem nunca ninguém as apanhar e que daqui a uns anos nem terão valor legal. Porque 86? Já nem digo 50 cêntimos (o preço do meu kinder bueno quase diário também), mas porque não 80? 85? Seria muito melhor para nos, os consumidores e acredito que para a senhora da caixa também daria muito jeito pois eu para me vingar (se bem que ela não tem culpa nenhuma e acreditem eu sei disso) pago-lhe mesmo em moedinhas de 2 e 5 cêntimos.
Enfim, tudo isto para protestar contra o absurdo do preço do pão com chocolate e no ridículo que é eu ter que procurar 6 cêntimos na minha carteira e chegar ao ponto de dizer a senhora “falta-me um cêntimo”.
Uma de todas as manhãs
Pois bem, continuando uma conversa de café ocorrida há poucos dias, que maneira melhor de começar uma participação num blogue do que contar um exemplo de uma manhã minha..? Pois bem, tudo começa com a musica efusiva do meu despertador que me acorda de maneira chata, desagradavel, irritante...altura em que me pergunto como é possivel ja ser de manhã e mal digo a existencia deste mesmo despertador, a fase seguinte é a fase corajosa em que recuso a hipotese de voltar a dormir. Segue-se o ritual de comer o pequeno-almoço a ler a parte de trás da caixa dos cereais, acho que devia começar a pensar numa leitura matinal porque aqui entre nós ja li aquela caixa demasiadas vezes.
Dirijo-me para a paragem do autocarro, com sorte passo pela minha avó que me dispara um "vai com deus!!"..ao que eu penso, "antes sozinho que mal acompanhado.." mas a minha discussão sobre o além, D(d?)eus e todas essas criaturas mitológicas fica para outra ocasião. Continuando, chego à paragem e oiço o protestar constante de todos os membros da 3a idade por cada minuto que o transporte se atrasa. Lá chega, tenho o cuidado de não passar a vez de ninguém, não quero ouvir o protesto de toda aquela equipa de idosos... continuo a minha vida e vou me sentar numa cadeira ao que se segue um olhar ameaçador de uma qualquer personagem com ar de "gente rude do campo" que me olha pensando algo do genero "esse lugar era meu!"; como não tinha mp3 nem nada que me salvasse daqueles penosos 15 minutos fui a ouvir a musica ambiente..atrás dois ou mais rapazes falavam de ter ingerido não sei quantos membros do sexo oposto; à frente falava-se de doenças, morte, desgraças...enfim resolvi envolver-me em pensamentos e reflexões para mim próprio, pior não podia ser.
1ª parte do percurso concluida, vamos á etapa do comboio, tive sorte, o comboio apareceu mal eu cheguei à estação e destruiu a teoria que estava a construir que insistia que a CP era paga para fugir de mim. Entro no comboio, olho em volta...deparo-me com todos os lugares cheios e praticamente toda a gente de jornal aberto a ler ou pelo menos a fingir, se não fosse de cá pensava que isto era um país de pessoas cultas, mas não é assim, a verdade é que deparamo-nos com um problema caseiro, a fome do jornal grátis, e agora há tantos que a moldura até vai mudando. Há uns tempos no Cais do Sodré estavam a oferecer "Caldos Knorr" e o que havia em volta era um verdadeira batalha campal para ver quem tinha mais...enfim, já o meu pai dizia ( e diz, na brincadeira, espero) " de borla até o autocarro enganado apanho", portanto o problema não é recente. A ultima etapa une o Cais do Sodré ao Campo Santana, passa por zonas alternativas cheias de pessoas alternativas, ok esquisitas. Não eu não sou racista, não eu não acho mal a tudo mas Lisboa está suja, e eu so quero o meu mp3 de volta...
Dirijo-me para a paragem do autocarro, com sorte passo pela minha avó que me dispara um "vai com deus!!"..ao que eu penso, "antes sozinho que mal acompanhado.." mas a minha discussão sobre o além, D(d?)eus e todas essas criaturas mitológicas fica para outra ocasião. Continuando, chego à paragem e oiço o protestar constante de todos os membros da 3a idade por cada minuto que o transporte se atrasa. Lá chega, tenho o cuidado de não passar a vez de ninguém, não quero ouvir o protesto de toda aquela equipa de idosos... continuo a minha vida e vou me sentar numa cadeira ao que se segue um olhar ameaçador de uma qualquer personagem com ar de "gente rude do campo" que me olha pensando algo do genero "esse lugar era meu!"; como não tinha mp3 nem nada que me salvasse daqueles penosos 15 minutos fui a ouvir a musica ambiente..atrás dois ou mais rapazes falavam de ter ingerido não sei quantos membros do sexo oposto; à frente falava-se de doenças, morte, desgraças...enfim resolvi envolver-me em pensamentos e reflexões para mim próprio, pior não podia ser.
1ª parte do percurso concluida, vamos á etapa do comboio, tive sorte, o comboio apareceu mal eu cheguei à estação e destruiu a teoria que estava a construir que insistia que a CP era paga para fugir de mim. Entro no comboio, olho em volta...deparo-me com todos os lugares cheios e praticamente toda a gente de jornal aberto a ler ou pelo menos a fingir, se não fosse de cá pensava que isto era um país de pessoas cultas, mas não é assim, a verdade é que deparamo-nos com um problema caseiro, a fome do jornal grátis, e agora há tantos que a moldura até vai mudando. Há uns tempos no Cais do Sodré estavam a oferecer "Caldos Knorr" e o que havia em volta era um verdadeira batalha campal para ver quem tinha mais...enfim, já o meu pai dizia ( e diz, na brincadeira, espero) " de borla até o autocarro enganado apanho", portanto o problema não é recente. A ultima etapa une o Cais do Sodré ao Campo Santana, passa por zonas alternativas cheias de pessoas alternativas, ok esquisitas. Não eu não sou racista, não eu não acho mal a tudo mas Lisboa está suja, e eu so quero o meu mp3 de volta...
domingo, 14 de outubro de 2007
Assim não pode ser
Pronto já começamos mal...Quer dizer formamos uma sociedade de responsabilidade limitada, responsabilidade essa partilhada por todos, com investimentos em capital iguais e vêm para aqui uns pseudo-intelectuais escrever textos ao metro, até parece que são por encomenda. Se é para continuar com esta anarquia e insubordinação acaba-se já com a sociedade e vai cada um para seu lado.
Mudando agora radicalmente de tema, a dita volta de 360º que tanta gente tem em Portugal nos dias que correm, será que alguém me pode explicar o interesse dos textos dos meus ditos colegas? Um fala sobre as ditas dificuldades inerentes ao processo de criação literária, como se fosse algum expert na matéria. O outro fala de supostos privilégios dados ao norte do nosso belo país, que por muito correcto e preciso que esteja, ainda nos vai meter em trabalhos, com as pessoas e organizações que por aí andam.
Como parece que o objectivo deste blogue é escrever sobre o que nos apetece e os temas até agora são mesmo interessantes, posso começar a falar sobre o sexo dos anjos. Serão homens ou mulheres? Não faço ideia porque nunca vi nenhum e espero que quando vir algum, ele venha por bem e não porque morri. Diz a sabedoria popular que os anjos não têm sexo. Se assim é como é que têm nomes tipo João ou Maria? Como é que eles são anatomicamente falando? Hermafroditas tipo caracol? Caso não sejam hermafroditas e não tenham sexo como é que eles fazem o amor? Pensem no assunto porque eu tenho de ir estudar.
As Maleitas da escrita
Estava eu, portanto, sentado aqui, na minha secretária à frente do meu pc. A iniciar todo um processo complexo, frustrante e cansativo, de produção literária. Quando me ocorreu: e se eu escrevesse sobre as frustrações e cansaço envolvidos e provenientes daquele processo, que é complexo, de produção literária. (Literária?! Mas desde quando é que um artigo para o um blogue do caraças é algo de literário? Enfim... logo veremos então)
Será portanto importante começar por referir, para aqueles lá em casa, que isto de escrever embora pareça muito fácil, não o é. As doutrinas mais vanguardistas, dizem que é só começar a escrever o que nos vem à cabeça e depois corrigir e melhorar (mil vezes). Isso é estupido, mas será que as pessoas não se apercebem do quão maçador é escrever algo que se assemelhe a qualquer coisa? Isto sem ter que ter o trabalho de ler, corrigir, reler e melhorar?! O que acaba por corresponder ao esforço de escrever várias coisas. Depois há aqueles que dizem: Nada disso! O que é bom é pensar no que se vai escrever, fazer um esquema dos tópicos daquilo que se vai por em cada parágrafo e depois escrever. A estes tristes senhores da organização mental é preciso dizer que isto corre sempre mal. Das duas uma, ou aquilo que se escreve foge aos tópicos, ou então os tópicos já dizem tudo e tar a escrever para além deles é, passe a expressão, carne para encher chouriço (Carne? Não me lembro se é carne se outra coisa. Mas não há problema, o leitor preocupe-se com o sentido, se se sentir mais confortável, esteja à vontade e imagine outro dizer popular que muito se assemelha a este e sirva para o caso). Eu, como génio que sou. Tenho um método real e verdadeiramente bom e inovador. Terá talvez a desvantagem de ser demasiado complexo para o comum dos mortais. Passo a explicar: a minha produção literária consiste em escrever enquanto penso. “Olha mas isso não difere daqueles que escreve o que lhe vai na alma!” diria o leitor. Nesse caso, o leitor estaria errado. O que eu faço é pensar enquanto escrevo, ao contrario dos outros não corrijo e melhoro vezes sem conta. Porquê? Porque aquilo que escrevo, enquanto penso, normalmente, é de uma simplicidade tal, e de uma ausência de conteúdo abismal. E aquilo que escrevo após préviamente ter pensado, enquanto conjugava palavras de forma a dar a aparência de texto bem conseguido, não requer correcções porque não só já estava pensado como também pelo facto de ter conteúdo, o meu entusiasmo permite-me concentrar mesmo no que estou a dizer. Perdão, escrever. Tudo isto conjugado com a fluidez de escrita adquirida enquanto pensava, faz com que possa, refutar os dois métodos de escrita mais usuais e outros que por aí possam existir.
Mal de mim seria, se nesta publicação não dissesse que tenho as minhas dúvidas quanto a razoabilidade e saúde mental d'o senhor doutor, nomeadamente, quando se debruça sobre o debates que envolvam a rosa dos ventos ou os pontos cardeais.
P.S.- Àquele perspicaz o suficiente para se aperceber da ausência de texto peço desculpas. Passei este tempo todo a pensar. Talvez para a próxima escreva qualquer coisinha (ou adopte outro método).
Será portanto importante começar por referir, para aqueles lá em casa, que isto de escrever embora pareça muito fácil, não o é. As doutrinas mais vanguardistas, dizem que é só começar a escrever o que nos vem à cabeça e depois corrigir e melhorar (mil vezes). Isso é estupido, mas será que as pessoas não se apercebem do quão maçador é escrever algo que se assemelhe a qualquer coisa? Isto sem ter que ter o trabalho de ler, corrigir, reler e melhorar?! O que acaba por corresponder ao esforço de escrever várias coisas. Depois há aqueles que dizem: Nada disso! O que é bom é pensar no que se vai escrever, fazer um esquema dos tópicos daquilo que se vai por em cada parágrafo e depois escrever. A estes tristes senhores da organização mental é preciso dizer que isto corre sempre mal. Das duas uma, ou aquilo que se escreve foge aos tópicos, ou então os tópicos já dizem tudo e tar a escrever para além deles é, passe a expressão, carne para encher chouriço (Carne? Não me lembro se é carne se outra coisa. Mas não há problema, o leitor preocupe-se com o sentido, se se sentir mais confortável, esteja à vontade e imagine outro dizer popular que muito se assemelha a este e sirva para o caso). Eu, como génio que sou. Tenho um método real e verdadeiramente bom e inovador. Terá talvez a desvantagem de ser demasiado complexo para o comum dos mortais. Passo a explicar: a minha produção literária consiste em escrever enquanto penso. “Olha mas isso não difere daqueles que escreve o que lhe vai na alma!” diria o leitor. Nesse caso, o leitor estaria errado. O que eu faço é pensar enquanto escrevo, ao contrario dos outros não corrijo e melhoro vezes sem conta. Porquê? Porque aquilo que escrevo, enquanto penso, normalmente, é de uma simplicidade tal, e de uma ausência de conteúdo abismal. E aquilo que escrevo após préviamente ter pensado, enquanto conjugava palavras de forma a dar a aparência de texto bem conseguido, não requer correcções porque não só já estava pensado como também pelo facto de ter conteúdo, o meu entusiasmo permite-me concentrar mesmo no que estou a dizer. Perdão, escrever. Tudo isto conjugado com a fluidez de escrita adquirida enquanto pensava, faz com que possa, refutar os dois métodos de escrita mais usuais e outros que por aí possam existir.
Mal de mim seria, se nesta publicação não dissesse que tenho as minhas dúvidas quanto a razoabilidade e saúde mental d'o senhor doutor, nomeadamente, quando se debruça sobre o debates que envolvam a rosa dos ventos ou os pontos cardeais.
P.S.- Àquele perspicaz o suficiente para se aperceber da ausência de texto peço desculpas. Passei este tempo todo a pensar. Talvez para a próxima escreva qualquer coisinha (ou adopte outro método).
sábado, 13 de outubro de 2007
Norte e Sul: falsa questão?
Nos últimos anos tenho-me deparado com alguma perplexidade com o que eu chamo de salientar do Norte em preterição do Sul.
Portugal é um país pequeno e não se percebe este separatismo que é fomentado pelo futebol e seus clubes e dirigentes e pela comunicação social.
Na realidade no Norte é que se situa a maior parte do dinheiro e do poder apesar de Lisboa ser a capital e de Cascais ser uma das zonas do país com melhor qualidade de vida. Contudo, Lisboa é a única cidade que é possível designar-se de grande cidade no sul. Outras cidades como Faro que só é grande no Verão, Évora, Beja e Portalegre do Alentejo são vítima do ostracismo e outras não se afirmam grandemente. Já no Norte existem cidades como o Porto que se afirma de dia para dia, Braga uma verdadeira media cidade (relativamente à escala de Portugal), Aveiro, Coimbra e outras com alguma pujança no desenvolvimento. Claro que outras cidades do Norte estão também vítimas do ostracismo, casos de Bragança e Viseu.
Importa desde já afirmar que não sou apologista do divisionismo hoje existente e que nunca fui nem serei anti-Norte (se é que existe semelhante coisa).
Aliás, devo dizer que no que diz respeito à regionalização, sou muito céptico na aprovação desta num possível referendo.
Porém, através deste texto pretendo expor o que eu já chamei de salientar do Norte, da cidade do Porto e do Futebol Clube do Porto.
È verdadeiro o facto de eu ser de origem lisboeta e do clube de futebol Benfica mas penso que isto pouco ou nada tem que ver com esta minha exposição. Provavelmente se fosse adepto do F.C.P. não apresentaria estes factos contudo parece-me que este texto apresenta uma atitude imparcial da minha parte.
Começo por falar no Norte, região também ela desigual entre Litoral e Interior e que é residência de pequenos e médios empresários que em grande parte enriqueceram depressa e têm pouca cultura mas ostentam a sua riqueza com grandes casas, ouro e potentes carros. São os chamados novos-ricos.
Falo agora da cidade do Porto e do seu mais famoso clube mas não único, estes sim são o foco de toda a questão. O Porto é sem dúvida a segunda maior cidade do país, e não a primeira, e se estranho alguns que lêem este texto já perceberão o que pretendo afirmar.
Todos ou praticamente todos se recordam do famigerado slogan “O Porto é uma Naçon”. Pois bem, esse é um slogan propagandeado por portuenses mas mais significativamente por aqueles que são afectos ao F.C.P., os portistas.
Desde que há mais de duas décadas um senhor se tornou presidente do F.C.P., que muito mudou neste país. Antes os adeptos dos clubes de futebol, nomeadamente dos chamados três grandes, viviam sem grandes desacatos mas com esta eleição tudo piorou, algo também fomentado como já disse pela comunicação social.
Na realidade o F.C.P e cidade do Porto têm sido demasiadamente referidos na comunicação social em preterição de outros clubes e cidades. Para sustentar os meus argumentos vejamos a quantidade de programas televisivos da “RTP” que têm como estúdio o Porto. O programa “Praça da Alegria” é filmado no Porto e tem como parte integrante uma recepção a pessoas mais idosas que são avôs e avós e que levam uma quantidade enorme de netos para conseguirem uma boa quantia de dinheiro. Um aparte, na realidade estas pessoas acabam por ir lá (à televisão) mais por aparecerem nos ecrãs televisivos do que pelo dinheiro a julgar pelas prendas que dão aos apresentadores. Pois bem, estas pessoas idosas normalmente são originárias do Norte, principalmente zonas do Interior. Quanto aos apresentadores um destes é da cidade do Porto. Tudo isto seria normal se houvesse à tarde um programa em Lisboa ou Faro, Coimbra ou outra cidade. Contudo assim não acontece.
O programa seguinte é o “Jornal da Tarde” que é filmado no Porto e tem por costume a apresentação por parte de um pivot com pronúncia nortenha, qualquer que ele seja, o mesmo podendo ser dito no que diz respeito aos repórteres e jornalistas que aparecem nas reportagens e entrevistas. Num destes dias do mês que passou (Maio) reparei que na sua larga maioria as noticias dadas se passavam no Porto, mesmo aquelas que podiam ser filmadas em Lisboa ou até fariam mais sentido serem filmadas na capital. Por exemplo foi noticiado um buraco numa rua da cidade do Porto. O buraco era grande, é certo, porém buracos desse tipo existem em Lisboa com alguma certeza. Esta até é uma notícia negativa mas mostra mais uma vez o Porto em vez de outra cidade. Outra notícia foi a ida de habitantes das Regiões Autónomas para o Porto e Lisboa para realizarem tratamentos de oncologia. O jornalista que realizou a peça disse mesmo que esses habitantes iam em maioria para Lisboa, no entanto a reportagem foi realizada no Porto. Já outra notícia, foi a inovação trazida pela Internet e em especial o programa “Google Earth” que como é do conhecimento grande parte das pessoas, é um programa que permite ao cidadão comum ver o mundo na sua totalidade com alguma definição podendo focar uma zona que queira. Posto isto nesta notícia a “RTP” ou antes o jornalista que a desenvolveu focou a cidade do Porto como se não existisse qualquer outra cidade no Mundo ou em Portugal. Estas notícias são apenas um exemplo do salientar do Porto, mas poderia ainda referir muitas outras como o facto de na greve geral do passado dia 30 de Maio a “RTP” ter se referido imediatamente ao Metro do Porto e ao Hospital de São João e ter realizado entrevistas no local quando existem muitos outros hospitais no país e mais uma cidade com Metropolitano. Outra situação com a qual eu me deparei foi, para além do salientar do Norte também um fomentar do divisionismo e considerar o Sul quase uma região à parte. Fundamento esta afirmação com uma notícia que se referia à feira de agro-pecuária “Ovi Beja”. O pivot de informação referiu-se a esta como e passo a citar “ A Maior feira de agro-pecuária do Sul do país”. Ora vejamos, existirá alguma feira de agro-pecuária desta dimensão ou maior noutro ponto do país, por exemplo no Norte? A resposta é não, esta é definitivamente a maior feira de agro-pecuária do País. De facto o que este programa faz e a “RTP” em geral não é a descentralização mas sim uma bicefalia de duas zonas Norte e Sul e duas cidades Porto e Lisboa. Um outro programa da RTP é o “ Portugal no Coração”, programa esse que curiosamente também é filmado no Porto.
Outro programa da RTP que tem emissão semanal segundo me foi dado a perceber, é o “Portugal Azul”. Este programa destina-se a promover as cidades de Portugal visto que vai sendo filmado em todas as capitais de distrito sendo que questiono a capacidade de apresentação mas não é a isso que este texto se refere. Aplaudo esta iniciativa do canal público português, porém há que reparar no nome do programa. Curiosamente o nome escolhido diz respeito ao azul, cor que traja o FCP. Contudo neste caso dou o benefício da dúvida e não vou entrar em longas dissertações acerca deste programa.
Mudando de órgão de comunicação social, passo a referir-me ao “Jornal de Notícias” que é como a generalidade das pessoas sabem, um jornal do Porto e que foca essencialmente essa cidade. Se duvidam do que refiro, sugiro que observem com alguma atenção o site do “JN” e é possível verificar que um dos seus artigos se refere ao Norte que segundo o seu autor (do artigo) refere, é uma região deprimida. Parece que segundo alguns o Norte se encontra deprimido, mas o que dizer acerca do Alentejo? Poder-se-á dizer que o Alentejo é uma zona feliz e animada? Parece-me que não, e também me parece que o “JN” terá esquecido ou pelo menos ocultado a existência desta região do país. Poderão alguns dos que lêem pensar que me estou a contradizer por dizer que o Norte não é a única cidade que esta deprimida, mas não. A realidade é que o jornal ao referir esta região como deprimida refere ainda que o Norte está a beira da última oportunidade e que a Galiza deixa o Norte para trás. Porém, esta situação é semelhante ao do buraco nas ruas do Porto que há bocado referi. Apesar de ser uma má notícia, o foco vai na sua totalidade para o Norte. A questão que fica é: e o Sul, existirá semelhante coisa neste país? A resposta é sim mas sem grande eco nos meios de comunicação social. Ainda no site do “JN”, existe uma página que tem como título “País”, por baixo desse título tem subtítulos que estão por esta ordem “Porto”, “Norte”, “País”. É possível verificar que o Sul e Lisboa que só é a Capital deste país não são tomados em conta.
Deixando este meio de comunicação, volto a referir a televisão. Julgo que a maior parte tem conhecimento de que há volta de 3 anos existiu um canal chamado “NTV”, isto é era a “Norte TV”. Este canal tinha um conteúdo maioritariamente referente ao Norte e mais especificamente ao Porto.
Mais tarde este canal de televisão foi comprado pela “RTP” e formou um novo canal chamado “RTP N”, isto é adoptou o “N” da “NTV” e por isso é a “RTP” do Norte embora agora se ponha a dúvida se o “N” será de notícias pois neste momento o seu conteúdo é principalmente noticioso ou informativo. Este canal é quase ou totalmente filmado no Porto e é relativamente fácil perceber que os seus profissionais mas principalmente os apresentadores são do Norte até pela sua pronúncia.
Outro canal televisivo é o “Porto Canal”. Relativamente recente este canal como o próprio nome indica é acima de tudo referente ao Porto sendo que existem mais cidades neste país. No total são 141. Onde está um canal de qualquer uma das outras 140? Se existir espero que me informem desse facto mas duvido que assim seja.
Referindo-me agora mais em detalhe ao FCP devo afirmar que também este é propagandeado pela comunicação social.
Na “RTP” é sempre mais falado nos noticiários e quando este canal emite jogos deste clube os comentadores parecem seus adeptos. Na “TVI” passa-se exactamente o mesmo no que diz respeito aos jogos emitidos. Na “SIC Notícias” os comentadores desportivos têm também algum pendor portista. Na “Sporttv” o mesmo se passa, não fosse este canal de pessoas do Norte. Já na Rádio existe também algum facciosismo. Já no que diz respeito aos jornais existe um jornal chamado “O Jogo” que está sedeado no Porto e tem por habitual uma capa portista pelo menos “on-line”. Fui informado que este jornal muda a capa consoante a cidade, Porto ou Lisboa. Lá está mais um divisionismo.
Podia estar aqui a referir-me exaustivamente a exemplos concretos destas afirmações, contudo ficar-me-ei por apenas alguns. Por exemplo o guarda-redes do FCP abandonou o futebol, pois os meios de comunicação social principalmente a “RTP” passaram por diversas vezes a reportagem referente a esta notícia chegando a ser exaustivo. Quando o clube joga os comentadores desse jogo parece que se referem à selecção nacional quando este ataca. O presidente do clube parece ser um “grande contador de anedotas” pela forma como os jornalistas se riem das suas piadas que normalmente atingem os clubes de Lisboa, porém é mais ofensivo para com o SLB. Muitas contratações que o FCP faz vão no sentido de “roubar” um jogador ao Benfica. Estas palavras surgem num título do jornal “Record” que refere “FCP rouba… ao Benfica” sendo que as reticências se referem a um jogador em concreto. Contudo prefiro não referir nomes.
Em suma, este país tem que mudar e para melhor e espero que o faça para bem de quem cá mora e pretende um país mais desenvolvido na sua totalidade e não em uma ou duas cidades. Já no que diz respeito ao desporto muito tem que mudar, referi-me ao futebol mas noutras modalidades o mesmo se passa. Exemplos do basquetebol e hóquei. Acredito que num futuro próximo este país esteja melhor.
Portugal é um país pequeno e não se percebe este separatismo que é fomentado pelo futebol e seus clubes e dirigentes e pela comunicação social.
Na realidade no Norte é que se situa a maior parte do dinheiro e do poder apesar de Lisboa ser a capital e de Cascais ser uma das zonas do país com melhor qualidade de vida. Contudo, Lisboa é a única cidade que é possível designar-se de grande cidade no sul. Outras cidades como Faro que só é grande no Verão, Évora, Beja e Portalegre do Alentejo são vítima do ostracismo e outras não se afirmam grandemente. Já no Norte existem cidades como o Porto que se afirma de dia para dia, Braga uma verdadeira media cidade (relativamente à escala de Portugal), Aveiro, Coimbra e outras com alguma pujança no desenvolvimento. Claro que outras cidades do Norte estão também vítimas do ostracismo, casos de Bragança e Viseu.
Importa desde já afirmar que não sou apologista do divisionismo hoje existente e que nunca fui nem serei anti-Norte (se é que existe semelhante coisa).
Aliás, devo dizer que no que diz respeito à regionalização, sou muito céptico na aprovação desta num possível referendo.
Porém, através deste texto pretendo expor o que eu já chamei de salientar do Norte, da cidade do Porto e do Futebol Clube do Porto.
È verdadeiro o facto de eu ser de origem lisboeta e do clube de futebol Benfica mas penso que isto pouco ou nada tem que ver com esta minha exposição. Provavelmente se fosse adepto do F.C.P. não apresentaria estes factos contudo parece-me que este texto apresenta uma atitude imparcial da minha parte.
Começo por falar no Norte, região também ela desigual entre Litoral e Interior e que é residência de pequenos e médios empresários que em grande parte enriqueceram depressa e têm pouca cultura mas ostentam a sua riqueza com grandes casas, ouro e potentes carros. São os chamados novos-ricos.
Falo agora da cidade do Porto e do seu mais famoso clube mas não único, estes sim são o foco de toda a questão. O Porto é sem dúvida a segunda maior cidade do país, e não a primeira, e se estranho alguns que lêem este texto já perceberão o que pretendo afirmar.
Todos ou praticamente todos se recordam do famigerado slogan “O Porto é uma Naçon”. Pois bem, esse é um slogan propagandeado por portuenses mas mais significativamente por aqueles que são afectos ao F.C.P., os portistas.
Desde que há mais de duas décadas um senhor se tornou presidente do F.C.P., que muito mudou neste país. Antes os adeptos dos clubes de futebol, nomeadamente dos chamados três grandes, viviam sem grandes desacatos mas com esta eleição tudo piorou, algo também fomentado como já disse pela comunicação social.
Na realidade o F.C.P e cidade do Porto têm sido demasiadamente referidos na comunicação social em preterição de outros clubes e cidades. Para sustentar os meus argumentos vejamos a quantidade de programas televisivos da “RTP” que têm como estúdio o Porto. O programa “Praça da Alegria” é filmado no Porto e tem como parte integrante uma recepção a pessoas mais idosas que são avôs e avós e que levam uma quantidade enorme de netos para conseguirem uma boa quantia de dinheiro. Um aparte, na realidade estas pessoas acabam por ir lá (à televisão) mais por aparecerem nos ecrãs televisivos do que pelo dinheiro a julgar pelas prendas que dão aos apresentadores. Pois bem, estas pessoas idosas normalmente são originárias do Norte, principalmente zonas do Interior. Quanto aos apresentadores um destes é da cidade do Porto. Tudo isto seria normal se houvesse à tarde um programa em Lisboa ou Faro, Coimbra ou outra cidade. Contudo assim não acontece.
O programa seguinte é o “Jornal da Tarde” que é filmado no Porto e tem por costume a apresentação por parte de um pivot com pronúncia nortenha, qualquer que ele seja, o mesmo podendo ser dito no que diz respeito aos repórteres e jornalistas que aparecem nas reportagens e entrevistas. Num destes dias do mês que passou (Maio) reparei que na sua larga maioria as noticias dadas se passavam no Porto, mesmo aquelas que podiam ser filmadas em Lisboa ou até fariam mais sentido serem filmadas na capital. Por exemplo foi noticiado um buraco numa rua da cidade do Porto. O buraco era grande, é certo, porém buracos desse tipo existem em Lisboa com alguma certeza. Esta até é uma notícia negativa mas mostra mais uma vez o Porto em vez de outra cidade. Outra notícia foi a ida de habitantes das Regiões Autónomas para o Porto e Lisboa para realizarem tratamentos de oncologia. O jornalista que realizou a peça disse mesmo que esses habitantes iam em maioria para Lisboa, no entanto a reportagem foi realizada no Porto. Já outra notícia, foi a inovação trazida pela Internet e em especial o programa “Google Earth” que como é do conhecimento grande parte das pessoas, é um programa que permite ao cidadão comum ver o mundo na sua totalidade com alguma definição podendo focar uma zona que queira. Posto isto nesta notícia a “RTP” ou antes o jornalista que a desenvolveu focou a cidade do Porto como se não existisse qualquer outra cidade no Mundo ou em Portugal. Estas notícias são apenas um exemplo do salientar do Porto, mas poderia ainda referir muitas outras como o facto de na greve geral do passado dia 30 de Maio a “RTP” ter se referido imediatamente ao Metro do Porto e ao Hospital de São João e ter realizado entrevistas no local quando existem muitos outros hospitais no país e mais uma cidade com Metropolitano. Outra situação com a qual eu me deparei foi, para além do salientar do Norte também um fomentar do divisionismo e considerar o Sul quase uma região à parte. Fundamento esta afirmação com uma notícia que se referia à feira de agro-pecuária “Ovi Beja”. O pivot de informação referiu-se a esta como e passo a citar “ A Maior feira de agro-pecuária do Sul do país”. Ora vejamos, existirá alguma feira de agro-pecuária desta dimensão ou maior noutro ponto do país, por exemplo no Norte? A resposta é não, esta é definitivamente a maior feira de agro-pecuária do País. De facto o que este programa faz e a “RTP” em geral não é a descentralização mas sim uma bicefalia de duas zonas Norte e Sul e duas cidades Porto e Lisboa. Um outro programa da RTP é o “ Portugal no Coração”, programa esse que curiosamente também é filmado no Porto.
Outro programa da RTP que tem emissão semanal segundo me foi dado a perceber, é o “Portugal Azul”. Este programa destina-se a promover as cidades de Portugal visto que vai sendo filmado em todas as capitais de distrito sendo que questiono a capacidade de apresentação mas não é a isso que este texto se refere. Aplaudo esta iniciativa do canal público português, porém há que reparar no nome do programa. Curiosamente o nome escolhido diz respeito ao azul, cor que traja o FCP. Contudo neste caso dou o benefício da dúvida e não vou entrar em longas dissertações acerca deste programa.
Mudando de órgão de comunicação social, passo a referir-me ao “Jornal de Notícias” que é como a generalidade das pessoas sabem, um jornal do Porto e que foca essencialmente essa cidade. Se duvidam do que refiro, sugiro que observem com alguma atenção o site do “JN” e é possível verificar que um dos seus artigos se refere ao Norte que segundo o seu autor (do artigo) refere, é uma região deprimida. Parece que segundo alguns o Norte se encontra deprimido, mas o que dizer acerca do Alentejo? Poder-se-á dizer que o Alentejo é uma zona feliz e animada? Parece-me que não, e também me parece que o “JN” terá esquecido ou pelo menos ocultado a existência desta região do país. Poderão alguns dos que lêem pensar que me estou a contradizer por dizer que o Norte não é a única cidade que esta deprimida, mas não. A realidade é que o jornal ao referir esta região como deprimida refere ainda que o Norte está a beira da última oportunidade e que a Galiza deixa o Norte para trás. Porém, esta situação é semelhante ao do buraco nas ruas do Porto que há bocado referi. Apesar de ser uma má notícia, o foco vai na sua totalidade para o Norte. A questão que fica é: e o Sul, existirá semelhante coisa neste país? A resposta é sim mas sem grande eco nos meios de comunicação social. Ainda no site do “JN”, existe uma página que tem como título “País”, por baixo desse título tem subtítulos que estão por esta ordem “Porto”, “Norte”, “País”. É possível verificar que o Sul e Lisboa que só é a Capital deste país não são tomados em conta.
Deixando este meio de comunicação, volto a referir a televisão. Julgo que a maior parte tem conhecimento de que há volta de 3 anos existiu um canal chamado “NTV”, isto é era a “Norte TV”. Este canal tinha um conteúdo maioritariamente referente ao Norte e mais especificamente ao Porto.
Mais tarde este canal de televisão foi comprado pela “RTP” e formou um novo canal chamado “RTP N”, isto é adoptou o “N” da “NTV” e por isso é a “RTP” do Norte embora agora se ponha a dúvida se o “N” será de notícias pois neste momento o seu conteúdo é principalmente noticioso ou informativo. Este canal é quase ou totalmente filmado no Porto e é relativamente fácil perceber que os seus profissionais mas principalmente os apresentadores são do Norte até pela sua pronúncia.
Outro canal televisivo é o “Porto Canal”. Relativamente recente este canal como o próprio nome indica é acima de tudo referente ao Porto sendo que existem mais cidades neste país. No total são 141. Onde está um canal de qualquer uma das outras 140? Se existir espero que me informem desse facto mas duvido que assim seja.
Referindo-me agora mais em detalhe ao FCP devo afirmar que também este é propagandeado pela comunicação social.
Na “RTP” é sempre mais falado nos noticiários e quando este canal emite jogos deste clube os comentadores parecem seus adeptos. Na “TVI” passa-se exactamente o mesmo no que diz respeito aos jogos emitidos. Na “SIC Notícias” os comentadores desportivos têm também algum pendor portista. Na “Sporttv” o mesmo se passa, não fosse este canal de pessoas do Norte. Já na Rádio existe também algum facciosismo. Já no que diz respeito aos jornais existe um jornal chamado “O Jogo” que está sedeado no Porto e tem por habitual uma capa portista pelo menos “on-line”. Fui informado que este jornal muda a capa consoante a cidade, Porto ou Lisboa. Lá está mais um divisionismo.
Podia estar aqui a referir-me exaustivamente a exemplos concretos destas afirmações, contudo ficar-me-ei por apenas alguns. Por exemplo o guarda-redes do FCP abandonou o futebol, pois os meios de comunicação social principalmente a “RTP” passaram por diversas vezes a reportagem referente a esta notícia chegando a ser exaustivo. Quando o clube joga os comentadores desse jogo parece que se referem à selecção nacional quando este ataca. O presidente do clube parece ser um “grande contador de anedotas” pela forma como os jornalistas se riem das suas piadas que normalmente atingem os clubes de Lisboa, porém é mais ofensivo para com o SLB. Muitas contratações que o FCP faz vão no sentido de “roubar” um jogador ao Benfica. Estas palavras surgem num título do jornal “Record” que refere “FCP rouba… ao Benfica” sendo que as reticências se referem a um jogador em concreto. Contudo prefiro não referir nomes.
Em suma, este país tem que mudar e para melhor e espero que o faça para bem de quem cá mora e pretende um país mais desenvolvido na sua totalidade e não em uma ou duas cidades. Já no que diz respeito ao desporto muito tem que mudar, referi-me ao futebol mas noutras modalidades o mesmo se passa. Exemplos do basquetebol e hóquei. Acredito que num futuro próximo este país esteja melhor.
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