Cascais é o meu concelho e é um dos melhores concelhos para se viver em Portugal sem sombras de dúvida. Apesar disso, a qualidade de vida das pessoas não se mantém intacta ao longo dos tempos, é necessária uma intervenção adequada por parte da Câmara Municipal para essa qualidade de vida melhore.
Nestas eleições autárquicas em Cascais confrontaram-se como adversários principais na corrida à Câmara António Capucho (da coligação PSD/CDS e Presidente da Câmara) e Leonor Coutinho (do PS), contando este escrutínio com candidatos da CDU, do BE, DO PPM, do PCTP/MRPP e do PNR.
Os resultados mostram uma vitória esmagadora do PSD/CDS em Cascais com 53.04% dos votos elegendo 7 mandatos. Já o PS obteve apenas 26.66%, isto é, perto de metade, conseguindo 3 mandatos. A CDU conseguiu 9.19% e assegurou o restante mandato.
Há por isso que procurar razões para tal resultado, completamente arrasador.
Em primeiro lugar, António Capucho mostrou algum trabalho. O paredão é hoje um óptimo local para os cascalenses (e turistas) passearem e desfrutarem o seu tempo livre. A área recuperada é enorme. Os espaços verdes são hoje abundantes no concelho de Cascais. Há infrastruturas que suportam a população de modo satisfatório. A Câmara parece assim ter feito um razoável trabalho nestes anos de governação, apesar de não haver só pontos positivos.
Em segundo lugar, a candidata do PS (sem desprimor para a sua competência) não era um nome suficientemente forte, nem tinha reputação suficiente para disputar uma Câmara com um Presidente que já lá está há 8 anos.
Em terceiro lugar, existe em Cascais o já crónico efeito Judas. Passo a explicar. Judas foi Presidente da Câmara de Cascais enquanto candidato do PS durante 8 anos, de 1993 a 2001. Nesse período a governação deste autarca foi bastante criticada, sendo que em 2001 o candidato do PS perdeu para o do PSD por larga margem, isto apesar do candidato do PS ter nome e competência. Um facto é que pela terceira vez consecutiva o PS não consegue chegar aos 30% em Cascais, e pela terceira vez consecutiva Capucho chega à maioria absoluta.
Estes parecem ser os motivos para tais diferenças junto do eleitorado. Posto isto, ou o PS consegue inverter esta onda de derrotas em Cascais, ou este permanecerá durante muito mais tempo arredado da Presidência da Câmara e delegará essa função no PSD que colhe bastante eleitorado de Cascais na medida em que é um município em que as pessoas vivem maioritariamente bem ou muito bem, em que as preocupações sociais são menores e em que a esquerda perderá necessariamente para a direita.
Cabe agora fazer umas quantas notas.
1. Em todo o concelho de Cascais só São Domingos de Rana votou maioritariamente no PS (fá-lo desde 1993) para a Assembleia de Freguesia apesar de não ter abdicado de dar um voto de confiança no PSD/CDS na Câmara.
2. A diferença entre o PS e o PSD/CDS para a Assembleia Municipal (20,76%) é menor do que para a Câmara (26,38%) o que poderá levar o PS a repensar tudo isto. A candidata do PS à Câmara tem menos votos que João Proença (que creio não ter filiação socialista), candidato à Assembleia. O motivo para isto também pode residir na tentativa de parte do eleitorado no sentido de conseguir algum contraponto, alguma fiscalização.
3. O PSD/CDS consegue maioria absoluta na Câmara e na Assembleia. Demolidor.
4. Bom sinal para o parco número de votantes no PNR. Apenas 285.
5. Má nota para a abstenção. 55,94% é demasiado.
Nestas eleições autárquicas em Cascais confrontaram-se como adversários principais na corrida à Câmara António Capucho (da coligação PSD/CDS e Presidente da Câmara) e Leonor Coutinho (do PS), contando este escrutínio com candidatos da CDU, do BE, DO PPM, do PCTP/MRPP e do PNR.
Os resultados mostram uma vitória esmagadora do PSD/CDS em Cascais com 53.04% dos votos elegendo 7 mandatos. Já o PS obteve apenas 26.66%, isto é, perto de metade, conseguindo 3 mandatos. A CDU conseguiu 9.19% e assegurou o restante mandato.
Há por isso que procurar razões para tal resultado, completamente arrasador.
Em primeiro lugar, António Capucho mostrou algum trabalho. O paredão é hoje um óptimo local para os cascalenses (e turistas) passearem e desfrutarem o seu tempo livre. A área recuperada é enorme. Os espaços verdes são hoje abundantes no concelho de Cascais. Há infrastruturas que suportam a população de modo satisfatório. A Câmara parece assim ter feito um razoável trabalho nestes anos de governação, apesar de não haver só pontos positivos.
Em segundo lugar, a candidata do PS (sem desprimor para a sua competência) não era um nome suficientemente forte, nem tinha reputação suficiente para disputar uma Câmara com um Presidente que já lá está há 8 anos.
Em terceiro lugar, existe em Cascais o já crónico efeito Judas. Passo a explicar. Judas foi Presidente da Câmara de Cascais enquanto candidato do PS durante 8 anos, de 1993 a 2001. Nesse período a governação deste autarca foi bastante criticada, sendo que em 2001 o candidato do PS perdeu para o do PSD por larga margem, isto apesar do candidato do PS ter nome e competência. Um facto é que pela terceira vez consecutiva o PS não consegue chegar aos 30% em Cascais, e pela terceira vez consecutiva Capucho chega à maioria absoluta.
Estes parecem ser os motivos para tais diferenças junto do eleitorado. Posto isto, ou o PS consegue inverter esta onda de derrotas em Cascais, ou este permanecerá durante muito mais tempo arredado da Presidência da Câmara e delegará essa função no PSD que colhe bastante eleitorado de Cascais na medida em que é um município em que as pessoas vivem maioritariamente bem ou muito bem, em que as preocupações sociais são menores e em que a esquerda perderá necessariamente para a direita.
Cabe agora fazer umas quantas notas.
1. Em todo o concelho de Cascais só São Domingos de Rana votou maioritariamente no PS (fá-lo desde 1993) para a Assembleia de Freguesia apesar de não ter abdicado de dar um voto de confiança no PSD/CDS na Câmara.
2. A diferença entre o PS e o PSD/CDS para a Assembleia Municipal (20,76%) é menor do que para a Câmara (26,38%) o que poderá levar o PS a repensar tudo isto. A candidata do PS à Câmara tem menos votos que João Proença (que creio não ter filiação socialista), candidato à Assembleia. O motivo para isto também pode residir na tentativa de parte do eleitorado no sentido de conseguir algum contraponto, alguma fiscalização.
3. O PSD/CDS consegue maioria absoluta na Câmara e na Assembleia. Demolidor.
4. Bom sinal para o parco número de votantes no PNR. Apenas 285.
5. Má nota para a abstenção. 55,94% é demasiado.
3 comentários:
Só uma correcção: João Proença é filiado no PS (seccção do Estoril).
MF
Meu amigo ...quando afirmas que "Votar é um direito, sem ele nada feito!Votar é também um dever, não tens nada a perder!
Vota!
Compreendo a tua posição ...pois se bem entendi és filiado em um Partido certo?
Deixa que te diga que não penso assim...deixa também que te diga que Cascais também é o meu concelho e acerca de todos esses melhoramentos que falás-te acerca do nosso Honoroso Presidente da Junta esqueceste-te de referir que uma das primeiras obras que realizou foi colocar semáforos adicionáis na Marginal e sabes onde ? Em frente da entrada da casa da sua familia á Marginal e outra coisa que te esqueceste de dizer é que o semáforo fica Vermelho.. "tipo tapete" de cada vez que esses senhores abrem o portão de casa... fala verdade menino sem intenções politicas :)
politicos estão lá para eles e não para nós "Povo" Bom Proveito
Caro Joe Black.
Primeiro, está enganado, eu não sou filiado em nenhum partido, garanto-lhe. Segundo, quando fala em "presidente da Junta" refere-se a António Capucho que é Presidente da CÂMARA? Terceiro, não sei ao que é que se refere, nem sei onde o tal senhor mora. Quarto, aqui "o menino sem intenções políticas" tenta através dos seus posts exprimir um ponto de vista, que pode não ser o do leitor, nada mais. Quinto, essa ideia de que o político só o é para próprio proveito é algo que começa a ser comum em Portugal. Cabe-nos, a todos os portugueses, mostrar o que está mal, no momento certo, nas eleições.
Cumprimentos.
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