O papel de um político na sociedade deve ser pautado por um elevado grau de responsabildade, quer pelo cargo que possivelmente representa, quer porque constitui um exemplo para a sociedade, quer quanto mais não seja porque perde credibilidade aos olhos do eleitorado.
A nossa Democracia leva 35 anos, ainda não está amadurecida. 35 anos é uma geração, perto de duas. Apesar disso, acredito eu que em Portugal os políticos, regra geral, ao longo destes anos se têm começado a preocupar com a tal responsabilidade e exemplo que acima referi. Não me refiro a casos de corrupção, esses deixo-os para a Justiça. Refiro-me antes à ética, algo que podemos aferir sem necessidade de intervenção de órgãos judiciais, mas que é de enorme importância.
Ora, parece que na lista do PS para as eleições europeias estão dois elementos que concorrem simultaneamente ao cargo de deputado no Parlamento Europeu e ao de Presidente de Câmara Municipal. Isto é extraodinário. Dá ideia que o raciocínio está perto disto "Bem, se não der ali no PE, vou para a Câmara, e vice-versa". Podia esta história ter ficado por aqui, o que seria já incrível. Porém, acrescentou-se mais um tónico. Segundo noticia o público, conforme pode ver aqui, Elisa Ferreira disse num lar de idosos no bairro do Viso "Eu vou ao Parlamento Europeu (PE) assinar o nome. Quero é vir para cá para o Porto". Pergunto eu e devem perguntar muitos mais: Que exemplo é este que se está a dar?
Fica o reparo.
1 comentário:
Numa altura em que se fala da falta de ética na política, pergunto se estas pessoas são imorais ou amorais... das duas hipóteses não sei qual a pior para um político.
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