segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Viva o Nacional-Porreirismo Português!

(Imagem tirada daqui)


Compreendo a longa aliança luso-americana, os laços que aproximam os dois países e a posição ingrata de Portugal, um país pequeno numa aliança onde obviamente se tem que esforçar de mais para agradar. Todavia, não compreendo isto. Não percebo a subserviência, a constante necessidade de reconhecimento, queimando e esquecendo ditos princípios e valores, interesses e prioridades, fazendo-se desta aliança a prioridade máxima (como se estivesse de alguma forma fragilizada).
A Política Externa de um Estado deve ser conduzida de forma a melhorar a sua posição relativa no ambiente internacional. Já que Portugal não tem um conceito estratégico nacional, é normal que não saiba quais as prioridades a adoptar para alcançar tal objectivo. Daí estar constantemente condicionado ao plano B da PE, manter a posição relativa que detém, fazendo por não perder.
Ora eu não vejo como é que fazer tudo pelos americanos vai recair no dito plano B ? Nem mesmo num qualquer plano C! Acolher dois presos de Guantanamo para quê?
Tudo isto se revela ainda mais curioso quando me lembro de ter estado presente numa conferência dada pelo actual MNE. Tendo este dito que a PE de um Estado não pode ser despojada de valores pois não terá carácter.
Acrescento: assim sendo um Estado sem carácter torna-se uma marioneta nas mãos dos outros, onde esquece os seus propósitos para servir os de terceiros.

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